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Quarta - 25 de Outubro de 2006 às 10:45

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Fábio Assunção começa a rodar esta semana O Primo Basílio, versão cinematográfica da obra de Eça de Queiroz dirigida por Daniel Filho e da qual é protagonista. O ator teve identificação imediata com o lado sedutor do personagem. "O Basílio é, digamos, um mestre...", brincou Fábio.

A história de adultério portuguesa foi trazida para a São Paulo de 1958. A romântica Luísa (Débora Falabella) é casada com o engenheiro Jorge (Reynaldo Gianecchini), que ajuda a construir Brasília. A harmonia termina com a chegada do primo dela, que estudava no exterior.

"Está mais rodriguiano que queiroziano. Casamento perfeito, uma vez que o Nelson bebia muito no Eça", conta o ator, que diz ter visto 'pouca coisa' da versão para a TV, na minissérie exibida em 1988 na Globo, com Marcos Paulo.

Recentemente, Fábio Assunção voltou aos "infernos" paulistanos, para reviver o detetive de Bellini e o Demônio, baseado no livro do Titã Tony Bellotto de 1997, com direção de Marcelo Galvão, e previsto para estrear em abril.

A referência aí é Coração Satânico, explica o ator, que acredita que aos 35 anos, teve mais segurança para encarar o detetive que também fez em Bellini e a Esfinge (2001). "A maturidade também me ajuda na construção de um perfil psicológico mais humano e verdadeiro. A pulsação esquizóide e perturbada é uma constante, inclusive nas ¿simples¿ caminhadas ou até nas cenas de paixão", disse o ator.

O ator fala sobre a cena mais difícil do filme. "Talvez a que os dois se encontram (Bellini e o Demônio) tenha sido mais perigosa, no sentido da dificuldade de tornar crível e possível, dentro de uma linguagem cênica, o duelo entre duas personagens pertencentes a uma só personalidade", explica. "Este filme foi uma brincadeira deliciosa", completa.

Encarando o diabo No filme Bellini e o Demônio, o detetive Remo Bellini tem que localizar um manuscrito de Dashiel Hammett - autor do clássico noir O Falcão Maltês - e desvendar o caso de uma garota morta no banheiro de uma escola.

Sincero, Fábio diz que nunca leu romance policial. "Nunca li nenhum livro de detetives, nem por conta do Bellini. Isso porque o Bellini é um detetive autodidata e não se encaixa em nenhum tipo de clichê, nem encontra referências em nenhum personagem de literatura policial", justificou-se o ator.

O filme foi todo rodado em São Paulo, inclusive no Colégio Estadual Rodrigues Alves, onde Tony Bellotto cursou o primário. "Bellini é antes de qualquer coisa um solitário. Obstinado, detalhista, despretensioso, ético e objetivo, no entanto, vulnerável", descreveu Fábio.





Fonte: O Dia

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