Cuba diz que Fidel assumirá funções em breve

O líder cubano, Fidel Castro, está melhorando a cada dia desde que foi submetido a uma operação intestinal em julho e deve assumir em breve suas responsabilidades como presidente, disse hoje o chefe do Escritório de Interesses Cubanos em Washington, Dagoberto Rodríguez.

"Sua saúde tem melhorado todos os dias e ele assumirá em breve suas responsabilidades como presidente", disse Rodríguez, em resposta a rumores sobre a suposta morte de Fidel, que ganharam força nesta semana em alguns meios de comunicação.

Fidel Castro, de 80 anos, foi submetido a uma operação intestinal em 31 de julho e cedeu o poder provisoriamente a seu irmão Raúl. Desde então, o Governo de Havana teve que aplacar rumores sobre a gravidade do estado de saúde de Fidel. v No começo do mês, a revista Time - citando fontes do Serviço de Inteligência dos EUA - divulgou em seu site um relatório dizendo que Fidel Castro, de 80 anos, tem um câncer terminal e nunca voltará ao poder.

Rodríguez convocou hoje uma entrevista coletiva para afirmar que, como acontece todos os anos, Cuba submeterá à votação nas Nações Unidas, em 8 de novembro, uma resolução condenando o embargo mantido pelos Estados Unidos contra a ilha há mais de 40 anos.

"O mais longo e impiedoso bloqueio que a humanidade conheceu será rejeitado mais uma vez, como aconteceu nos últimos 14 anos", disse Rodríguez.

Segundo o responsável cubano, no ano passado, 182 países votaram pelo fim do embargo unilateral dos Estados Unidos contra Cuba. Rodríguez enumerou uma série de efeitos negativos do embargo e das restrições de viagens na economia cubana, entre eles uma redução de 45% no número de turistas americanos na ilha entre 2003 e 2005, e danos econômicos que avaliou em US$ 86,108 bilhões.

Sobre os problemas econômicos de Cuba - como descreveu recentemente o jornal Juventud Rebelde, Rodríguez disse que o objetivo do Governo cubano é sempre melhorar a economia, e responsabilizou o embargo pela crise no país.

"Apelamos à comunidade internacional para que rejeite o embargo", disse Rodríguez, que acusou os EUA de tentar provocar uma mudança de regime em Cuba, não importa quem estiver no poder.