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Nacional
Sexta - 20 de Outubro de 2006 às 08:47

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Amanhã (21) é o Dia Nacional de Combate à Sífilis. Os estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do sul vão promover atividades de prevenção e combate à doença.

A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode ser transmitida por meio de relações sexuais sem preservativos, transfusão de sangue contaminado e da mãe para o bebê, durante a gestação e o parto.

O agente causador da doença foi descoberto há 101 anos por pesquisadores alemães. Fritz Richard Schaudinn e Paul Erich Hoffmann. Mesmo assim, a sífilis congênita ainda representa um grande desafio à saúde pública no Brasil por causa do elevado registro entre as gestantes.

A sífilis é quatro vezes mais freqüente nas grávidas do que a infecção pelo HIV. A cada ano, cerca de 930 mil novos casos são registrados no país e desses 48 mil são em gestantes. De acordo com o assessor técnico do Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids) do Ministério da Saúde, Eduardo Campos, com isso 12 mil crianças adquirem sífilis congênita. "A sífilis ocorre em crianças nascidas de mães com a doença que não foram tratadas adequadamente, e esse registro de 12 mil crianças é uma situação bastante grave em termos de saúde pública".

Ele alerta as grávidas para que procurem, o quanto antes, um posto de saúde perto de casa para fazer o teste e evitar que as crianças ao nascer tenham seqüelas. "A doença materna, atingindo o feto, pode provocar abortamento e quando as crianças conseguem nascer, geralmente trazem seqüelas irreversíveis como retardo mental, cegueira, surdez. É uma doença grave, no entanto tem diagnóstico simples e tratamento eficaz em nossa rede pública de saúde", enfatiza Eduardo Campos.

Para a presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Maria Luiza Menezes, o maior problema da sífilis é que ela não apresenta sintomas. "Aí é que é o grande problema; as pessoas estão infectadas e não sabem que estão passando a bactéria para seus parceiros sexuais e, no caso das gestantes, para os seus bebês. Para se ter uma idéia, a doença é responsável por 40% do óbitos fetais e neonatais, e 23% dos abortamentos no país são atribuídos à sífilis", revela Maria Luiza.

A intenção da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis é eliminar a sífilis congênita no país até 2010. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a doença erradicada quando existe a ocorrência de menos de um caso para cada 1.000 nascidos vivos. No Brasil, a taxa atual é de 1.6.





Fonte: Agência Brasil

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