Opep deve cortar produção em "no mínimo" um milhão de barris, diz presidente

O presidente da Opep (organização dos Países Exportadores de Petróleo), Edmund Daukoru, disse nesta quinta-feira que o cartel deve realizar hoje um corte de "no mínimo" um milhão de barris em sua produção diária.

"O resultado mínimo deverá ser o anúncio do corte de um milhão de barris", disse, mas acrescentou que ainda está por resolver como esse corte será distribuído entre os 11 países-membros da organização.

"Como isso será distribuído será a questão principal. Precisamos discutir os detalhes", disse, segundo a agência de notícias Reuters. "Vamos sair desacreditados a menos que cheguemos a um acordo e façamos um anúncio claro e confiável no fim."

A decisão de realizar uma reunião extraordinária, que acontecerá hoje na cidade de Doha (capital do Qatar), foi tomada como forma de adotar uma medida para conter a queda de preços da commodity. O preço do barril já caiu cerca de US$ 20 desde julho, quando atingiu o recorde de US$ 78,40.

A perspectiva quanto ao corte afeta o ânimo dos investidores. Às 10h28 (em Mato Grosso), o barril do petróleo cru para entrega em novembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 58,23, alta de 1,01%.

"O encontro não é o mais conveniente para nós, mas as condições do mercado ditaram as condições. Tínhamos que discutir como o corte será efetuado", disse.

A reunião deve começar às 15h (em Mato Grosso).