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Internacional
Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 08:51

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A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse nesta quinta-feira que a Coréia do Norte terá que enfrentar "graves conseqüências" caso realize um segundo teste nuclear.

Rice fez estas declarações em Seul, onde se reuniu com o ministro de Assuntos Exteriores sul-coreano e futuro secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. Durante o encontro, ela pediu o apoio da comunidade internacional às sanções do Conselho de Segurança da ONU contra Pyongyang, aprovadas por unanimidade pelo CS da ONu no último sábado (14).

"Todos devem se esforçar para que a Coréia do Norte retorne às negociações entre seis partes", disse Rice, referindo-se ao diálogo que Pyongyang boicota desde o ano passado.

No entanto, segundo a secretária, os EUA não pretendem pressionar a Coréia do Sul.

"Eu não vim a Seul nem a lugar nenhum para tentar ditar aos governos o que fazer. Os EUA não desejam fazer nada que agrave a situação. Queremos deixar em aberto a possibilidade de negociação, mas não queremos que a crise piore", acrescentou Rice.

Ki-Moon também condenou a realização de um segundo teste nuclear norte-coreano.

"Não deve haver um segundo teste, já que isso iria agravar a atual situação", disse o líder da ONU, acrescentando que a Coréia do Sul e os EUA concordam que, se isso ocorrer, haverá "graves conseqüências" para Pyongyang.

Armas

Seul reluta em aprovar a Iniciativa de Proliferação da Segurança, um acordo internacional elaborado pelos EUA que visa deter o tráfico de armas e poderia se uma ferramenta para impedir a entrada de armas na Coréia do Norte, ao lado das sanções impostas pela ONU.

Segundo Rice, o programa pretende ser "eficaz", mas não quer causar "novos confrontos".

"Há muitas maneiras de implementar [as sanções da ONU], disse Rice, dizendo que impor embargos ou bloqueios à Coréia do Norte seria uma medida "exagerada".

Durante a visita, a secretária de Estado reafirmou a aliança dos EUA com a Coréia do Sul, dizendo que o país é um dos "sólidos pilares da paz e da estabilidade" na península coreana.

Cerca de 29.500 soldados americanos permanecem em território sul-coreano, um legado do período da guerra da Coréia (1950-1953).





Fonte: Folha Online

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