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Economia
Segunda - 16 de Outubro de 2006 às 02:30
Por: Renato Cruz

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A partir de 2008, será possível mudar de operadora de telefonia e manter o número. As regras para a chamada portabilidade numérica foram colocadas em consulta pública pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A medida deve aumentar a competição no setor de telecomunicações. Na telefonia fixa, no entanto, a mudança deve se concentrar nas famílias das classes A e B, com renda média acima de R$ 4.866 por mês, que representam 24% dos domicílios no Brasil, segundo estudo da consultoria Accenture.

Essa fatia corresponde aos 11 milhões de residências atendidas pela rede de TV a cabo, hoje a principal alternativa às operadoras na telefonia fixa. "Quase oitenta por cento da população não teria para onde portar o número", afirmou Ricardo Distler, sócio responsável por Estratégias em Comunicações da Accenture. "Para quem mora em Itaquera, a portabilidade é inútil".

Apesar de serem 24% das residências, as classes A e B respondem por 56% do faturamento residencial das operadoras de telefonia fixa, que totalizava R$ 1,545 bilhão por mês em 2003 e 2004. A compra da Vivax pela Net, na semana passada, pode ser vista como parte da estratégia da Embratel de alcançar esse público. A rede das duas empresas de TV a cabo passa por 3,4 milhões de residências no Estado de São Paulo, área da Telefônica, e por 8,4 milhões em todo o País. A Embratel, que pertence ao bilionário mexicano Carlos Slim Helú, participa do controle da Net. A Telmex, empresa de Carlos Slim, é a maior concorrente da espanhola Telefónica na América Latina.

Posição - Durante o evento Futurecom, o presidente da Net, Francisco Valim, defendeu a portabilidade numérica. "Precisamos aumentar a competição", afirmou o executivo. A empresa tem muito a ganhar, pois começou a oferecer telefonia fixa este ano. A opinião sobre o tema depende muito da posição que cada empresa ocupa no mercado.

"A portabilidade é positiva", afirmou Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da TIM Brasil, segunda maior operadora celular do País.

"A população quer e incentiva a competição", disse João Cox, presidente da Claro, a terceira maior.




Fonte: AE

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