Equipes da Polícia Federal de Cuiabá e Brasília se reúnem para trocar informações sobre dossiê
A polícia não divulgou ainda o conteúdo do material que motivou a reunião. E trabalha ainda para chegar à origem do dinheiro, R$ 1,7 milhão (R$ 1,168 milhão e US$ 248 mil), que seria usado para a compra. A investigação está concentrada no levantamento de corretoras de valores, clientes de câmbio e agências de turismo que possam ter intermediado o caminho feito pelos dólares apreendidos. A PF já sabe os dólares saíram do Banco Central dos Estados Unidos e vieram para o banco Sofisa, em São Paulo. Tem conhecimento também que R$ 1,1 milhão saiu dos bancos Bradesco, Safra e de Boston.
Ontem (9), a polícia informou que quer fazer o cruzamento de 500 ligações telefônicas. O rumo das investigações foi criticado no Congresso Nacional. "A PF está usando táticas que não te estimula muito a imaginar que haverá uma saída a curto prazo. Uma delas é cruzar 500 número telefônicos", disse o sub-relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
Para o sub-relator da CPMI deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE), insistir na origem do dinheiro não vai trazer o resultado esperado. "Jamais se identificará a fonte de parte desses recursos porque são fracionados. Podem ter vindo do comércio, de casas lotéricas ou do jogo do bicho". Segundo ele, "foram juntando aos pouquinhos de várias partes".
Os deputados se reuniram, nesta segunda-feira, com o delegado Dógenes Curado e, posteriormente, com o juiz federal Jefferson Schneider. A justiça vai enviar à CPMI cópia do inquérito e demais informações levantadas pela polícia. A expectativa é de que a Comissão receba o material ainda nesta semana.
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