Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sábado - 30 de Setembro de 2006 às 14:36

    Imprimir


O comércio e o setor de serviços devem abrir neste fim de ano cerca de 90 mil vagas temporárias, cerca de 6% a mais do que em 2005, segundo dois levantamentos feitos por associações ligadas ao varejo. A oferta crescente de crédito ao consumidor e a expansão do número de lojas, especialmente de shoppings, são fatores que contribuem para o aumento das vagas, apesar da perda de fôlego no ritmo de produção da indústria.

Os salários oferecidos aos temporários neste ano estão, no mínimo, 5% maiores em relação a 2005, por causa dos dissídios. A diferença é que provavelmente parte dessas vagas temporárias não deve se transformar em efetivas, como ocorreu em janeiro deste ano. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), as cerca de 140 empresas associadas vão abrir 90 mil postos de trabalho no país neste Natal.

O presidente da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop), Nabil Sahyoun, diz que o levantamento feito pela sua entidade indica que a oferta de trabalho temporário vai crescer cerca de 6% neste fim de ano. Em 2005, foram abertas algo em torno de 80 mil vagas. "Teremos 18 novos shoppings em funcionamento até o fim do ano, o que garante o acréscimo nas contratações."

"Nos últimos três anos, cerca de 30% dos trabalhadores temporários contratados pelo comércio para o Natal se tornaram efetivos", observa o diretor da Asserttem, Vander Morales. Mas, neste fim de ano, pode ser que essa tendência não se confirme da mesma maneira.

As Casas Bahia, por exemplo, vão abrir 2,5 mil vagas para a megaloja que funcionará em dezembro no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O número de postos de trabalho é igual ao de dezembro de 2005. A diferença é que neste ano essa mão-de-obra será admitida como temporária. Em 2005, esses trabalhadores foram contratados como efetivos.

Indústria

Mesmo com o aumento das importações, as vendas da indústria devem crescer no segundo semestre deste ano, ainda que moderado, e, no Natal, terão um desempenho melhor do que o registrado em 2005, na avaliação do coordenador da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria, Flávio Castelo Branco.

Segundo a CNI, o principal fator que deve influenciar o aumento das vendas reais da indústria nos últimos meses deste ano está ligado ao aumento da demanda interna, que, por sua vez, decorre da queda da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic - que já recuou 5,5 pontos percentuais desde setembro do ano passado - e da diminuição da inflação, o que eleva a renda das famílias.

As exportações, por sua vez, não contribuirão de forma importante para o aumento das vendas, avaliou Castelo Branco, visto que a valorização do Real frente ao dólar tem atuado para diminuir a rentabilidade das vendas ao exterior das empresas brasileiras.





Fonte: G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/272361/visualizar/