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Meio Ambiente
Quinta - 31 de Agosto de 2006 às 01:30

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Um grupo de médicos da Grã-Bretanha recomendou que o governo proíba tratamentos de fertilidade pelo serviço público a mulheres com obesidade mórbida.

A opinião da Sociedade Britânica de Fertilidade (SBF) reforça o alerta sobre os riscos de gravidez em mulheres com índice de massa corporal (IMC) acima de 36.

A organização recomendou ainda que mulheres muito magras (IMC abaixo de 19) ou classificadas como obesas (IMC entre 29 e 36) sejam obrigadas a ajustar seu peso antes de iniciar o tratamento.

Desajustes de peso podem colocar em risco tanto a saúde da mãe quanto da criança, ao possibilitar problemas como diabetes durante a gestação e pressão alta, alertaram os médicos.

“Mulheres obesas têm menos probabilidade de engravidar e mais probabilidade de ter problemas de saúde. Faz mais sentido tratar a obesidade antes de procurar tratamento de fertilidade”, disse o porta-voz da SBF, Richard Kennedy.

Recursos

O pedido para endurecer os critérios de acesso a tratamentos de fertilidade reflete a discussão, dentro da comunidade médica, sobre a racionalização dos recursos destinados à saúde.

Hoje, a orientação que norteia o serviço público britânico é que mulheres acima ou abaixo do peso sejam apenas alertadas sobre o risco de uma gravidez.

Essas mulheres já enfrentam restrições nos serviços de fertilidade oferecidos.

A porta-voz da organização de lobby Comment on Reproductive Ethics (Comentários sobre a Ética Reprodutiva, em tradução livre), Josephine Quintavalle, disse que o orçamento público deve focar grupos que mais poderiam ser beneficiados pelos serviços.

“Se há provas de que é difícil engravidar quando se está acima do peso, então a cura lógica para este tipo de infertilidade é encorajar a paciente a perder peso”, ela afirmou.

“Depois, se tudo der certo, a paciente poderia engravidar sem a necessidade de qualquer assistência.”

Usando a mesma lógica, a assistência à fertilidade já é negada pelo serviço público britânico a mulheres com mais de 40 anos.

A SBF recomendou ainda que mães solteiras e casais do mesmo sexo recebam a mesma prioridade que casais heterossexuais.




Fonte: BBC Brasil

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