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Meio Ambiente
Domingo - 27 de Agosto de 2006 às 20:00

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Ernesto, o primeiro furacão da temporada no Atlântico, dá continuidade a sua trajetória pelo Caribe hoje e, após provocar chuvas e fortes ventos no Haiti, avança rumo a Cuba, país em que pode chegar nesta segunda-feira como furacão de categoria dois. O fenômeno, cujos ventos chegam a 120 km/h, não causou, por enquanto, vítimas nem danos materiais ao Haiti, embora um estado de "alerta alto" esteja em vigência desde ontem, quando o Ernesto começou a afetar o pequeno país caribenho.

As autoridades haitianas informaram que as zonas mais afetadas são os departamentos Sul e Oeste - este último abriga a capital do país, Porto Príncipe - mas indicaram que sequer inundações foram registradas.

O Ernesto, que se tornou hoje o primeiro furacão da temporada no Atlântico, se deslocava a cerca de 15 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos EUA, com sede em Miami.

Caso mantenha a trajetória em sentido noroeste, o fenômeno atravessará amanhã Cuba como um furacão de categoria dois na escala Saffir-Simpson, que vai de um a cinco, com ventos superiores a 150 km/h, segundo previsão do NHC.

Após sua passagem por Cuba, o Ernesto seguirá rumo às águas cálidas do Golfo do México, onde poderia se fortalecer e assolar o sudeste dos EUA, especialmente o estado da Flórida, justamente quando se completa o primeiro ano da tragédia do furacão Katrina em Nova Orleans (Louisiana).

Diante do perigo iminente, milhares de cubanos começaram a ser evacuados hoje de zonas propícias a inundações nas províncias orientais da ilha, informou a Agência de Informação Nacional (AIN).

O diretor do Centro de Previsões do Instituto de Meteorologia de Cuba, José Rubiera, informou que às 12h locais (13h de Brasília), o Ernesto estava 330 quilômetros a sudeste da cidade de Santiago de Cuba.

O meteorologista chamou a atenção para que as províncias do centro e do ocidente do território estejam "muito atentas" às próximas informações e aos alertas meteorológicos e da Defesa Civil, que já anunciou medidas de prevenção frente ao perigo iminente.

A Defesa Civil informou hoje à tarde que decidiu estabelecer a fase de "alerta" para as províncias orientais de Guantánamo, Holguín, Santiago de Cuba, Granma, Las Tunas e Camagüey, e a "informativa" para as do centro, Ciego de Ávila, Sancti Spíritus e Villa Clara.

Em Holguín foi iniciada a retirada de mais de 35 mil pessoas, enquanto em Las Tunas as autoridades desalojavam outras 20 mil, especialmente no litoral sul. Nas zonas litorâneas e montanhosas das províncias de Santiago de Cuba e Granma, consideradas as mais vulneráveis, também foram iniciadas evacuações.

Na República Dominicana, o fenômeno provocou chuvas intensas em sua passagem pelo litoral sul do país, embora não tenha causado inundações nem evacuações, informou o Comitê de Operações de Emergências (COE) local. Autoridades dominicanas, no entanto, mantêm o "aviso de alerta" para 16 províncias do país, indicou hoje à Efe o diretor do COE, Juan Méndez.

O NHC advertiu que o furacão pode descarregar fortes chuvas no Haiti, na República Dominicana e em regiões de Cuba, e com isso provocar inundações e deslizamentos.

Às 15h (de Brasília), o olho do Ernesto estava cerca de 165 quilômetros a oeste-sudoeste de Porto Príncipe e cerca de 260 quilômetros a su-sudeste de Guantánamo, Cuba.

O Ernesto se tornou tempestade tropical no mesmo dia em que se completa o primeiro aniversário da formação do Katrina, que depois assolou Nova Orleans em 29 de agosto e causou a morte de mais de 1.600 pessoas e danos materiais estimados em US$ 100 bilhões.

Na atual temporada de furacões, que começou em 1º de junho e termina em 30 de novembro, apenas cinco tempestades tropicais e um furacão, o Ernesto, foram formados, apesar de a previsão inicial ter sido de uma temporada "mais ativa" que o normal.





Fonte: EFE

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