<b>Rossi desiste do projeto à reeleição, conforme antecipou RepórterNews</b>

Apontado como o principal envolvido com máfia das ambulâncias, o deputado federal Lino Rossi (PP) anunciou ontem a desistência da disputa à reeleição. Ele vai protocolar, hoje, o pedido de cancelamento do registro de sua candidatura junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Ontem, curiosamente, Rossi apareceu na propaganda eleitoral pedindo votos para continuar "trabalhando" em Brasília.

Rossi disse que a principal razão de não tentar, mais uma vez, uma vaga na Câmara é financeira. Ele afirmou que, até o momento, não havia arrecadado sequer um centavo para a sua campanha, que estava estimada em R$ 1,4 milhão. "Não me estruturei para as eleições, pois fiquei dois anos sem mandato". Ele assumiu o mandato no lugar do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), em 2005.

Desde o início da campanha, o parlamentar revelou que só vem administrando problema financeiro. "Um dia tenho que arrumar dinheiro para combustível, noutro para pagar telefone, e a quinzena vai terminando. Estava numa roda viva que estava me deixando sem tempo para fazer campanha", enfatizou, ponderando que, em razão do novo cenário político do país, os empresários não querem mais doar recursos para os candidatos.

Com dívida de R$ 450 mil das eleições de 2002, Lino Rossi disse que o seu objetivo agora é terminar o mandato e retornar à profissão de radialista e apresentador de TV. "Os dois anos em que trabalhei na TV Record foram os mais felizes da minha vida", destacou, assinalando que retornou à política "porque gosto e está no meu sangue".

"Não me arrependo de ter voltado a exercer o mandato". O parlamentar admitiu que o envolvimento do seu nome com a máfia das ambulâncias "abalou" o seu prestígio junto à população. Mas, mesmo assim, anunciou apoio aos candidatos do PP a deputado federal, Pedro Henry e Chico Daltro. Além disso, Rossi disse que continuará apoiando a reeleição do governador Blairo Maggi (PPS) e o candidato do PFL ao Senado, Jaime Campos.