Baixo uso de camisinha agrava crise de Aids no sul da África

A pandemia de Aids na África meridional, a pior do mundo, está sendo alimentada principalmente pelo baixo uso de preservativos entre aqueles que têm parceiros sexuais múltiplos e pequenos níveis de circuncisão masculina, mostrou um estudo divulgado na segunda-feira.

Um relatório da Comunidade de Desenvolvimento da África Meridional (SADC, na sigla em inglês) mostrou que o comportamento sexual masculino, o sexo entre diferentes gerações e os altos índices de violência sexual também são responsáveis pela rápida disseminação da doença.

O documento solicitou aos líderes regionais, geralmente acusados de se mover muito devagar contra a crise da Aids, que estimulem o uso de preservativos e a redução do número de parceiros sexuais. Eles também devem estar prontos para um possível lançamento de programas para expandir a circuncisão masculina, como um baluarte contra a infecção pelo HIV.

O sul da África está no epicentro da epidemia de Aids na região, com uma média de 11 por cento de contaminados entre os adultos, comparados com o índice global de 1 por cento.

Estima-se que a região, que inclui a África do Sul, a potência do continente, conte com cerca de 40 por cento das pessoas que vivem com Aids no mundo. Trinta e sete por cento de todas as infecções novas em 2005 aconteceram na região.