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Economia
Segunda - 14 de Agosto de 2006 às 14:25

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Se o próximo presidente da República quiser exibir o trunfo do "grau de investimento" durante seu mandato, ele vai ter de pôr o Brasil para crescer bem mais do que parcos 3% ao ano. E, para isso, o novo governo não vai escapar das dolorosas reformas necessárias, principalmente de um ajuste fiscal mais profundo e de maior qualidade.

Esse é o diagnóstico das três principais agências de classificação de risco, responsáveis pelo cobiçado carimbo de grau de investimento, que equivale a um sinal verde para os investidores e reduz o custo de captação de recursos: Standard & Poor"s, Fitch e Moody"s, que esquadrinham os indicadores econômicos dos países e as perspectivas das economias de 100 nações para elaborar seus pareceres.

Segundo analistas ouvidos pela Agência Estado, existe a possibilidade de o Brasil ser promovido a grau de investimento até 2010 - mas não será nada fácil. "A diferença é que, dois ou três anos atrás, seria impossível pensar no Brasil chegando a grau de investimento", diz Mauro Leos, da Moody"s. "Agora, com todas as melhoras do País, já se pode falar nisso".

Para Lisa Schineller, diretora de rating soberano da Standard & Poor"s, países na mesma faixa de classificação do Brasil hoje levam, em média, 5 anos para chegar ao grau de investimento. Mas o México levou 7 anos e a África do Sul, pouco menos que seis anos - os dois países têm taxas de crescimento relativamente baixas. Outros países, como a Rússia e o Casaquistão, chegaram ao grau de investimento em apenas 3 anos. Mas eles crescem muito rápido e foram beneficiados pelos preços do petróleo.





Fonte: Gazeta Digital

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