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Politica Brasil
Sexta - 11 de Agosto de 2006 às 13:49

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Citada entre os 72 parlamentares acusados pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento na máfia das ambulâncias, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) afirmou nesta quinta-feira que o relatório preliminar aprovado pela comissão "é uma condenação política e uma tentativa de linchamento sumário". Serys entende que seu nome está na lista porque disputa o governo do Mato Grosso.

- Não há nenhuma prova contra a minha pessoa. Tomei conhecimento do relatório e é uma simples colagem dos depoimentos dos bandidos, aliás, cheio de contradições. Ou seja, apresentaram um relatório só com a versão do delator premiado (Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia das ambulâncias) - avaliou.

A senadora também criticou o relatório por não ter levado em consideração a defesa por ela apresentada.

- Simplesmente mandaram todo mundo para a vala comum, com prova ou sem prova.

A parlamentar disse que já apresentou sua defesa à Corregedoria do Senado. Ela é a mesma apresentada à CPI. Serys exigirá que o processo seja acelerado.

- A minha inocência é uma realidade, ponto final. Não há nenhum documento contra mim, não há nenhuma acusação direta a mim - declarou.

O deputado Vieira Reis (PRB-RJ) disse que ficou surpreeendido por ter seu nome incluído na lista da CPI. Ele afirmou que pretende provar que não tem envolvimento com a fraude através de uma defesa séria.

-O que eu fiz foi apresentar emendas, e é o que eu farei até o final do meu mandato, porque está assegurado na Constituição o direito de o parlamentar apresentar emendas.

De acordo com o parlamentar, o deputado não tem controle de venda de ambulância e de equipamentos na área da saúde.

- Acredito que cada deputado que se dedica aos seus municípios, às suas bases, quer ver cada centavo sendo liberado, para que o município que ele representa seja beneficiado.

Vieira Reis chamou de mentiroso o deputado que diz que não cobra do ministério para que a emenda seja liberada. Segundo o deputado, se existe um deputado que diz que não corre atrás das suas emendas para que o recurso seja liberado, ele está mentindo.

- Agora, se existe superfaturamento, isso não é da minha alçada, não cabe a mim, eu não sou vendedor de ambulância, eu não sou negociador de ambulância.

Já o deputado Wellington Fagundes (PL-MT) afirmou ter provas de sua inocência. Ele pretende apresentar em sua defesa no Conselho de Ética documentos comprovados, certidões do Ministério da Saúde e certidão da Comissão Mista de Orçamento de que não há emendas apresentadas por ele executadas pelas empresas envolvidas do grupo Planam, do empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia das ambulâncias. Wellington Fagundes diz pesa contra ele apenas o depoimento de Vedoin.

- O seu pai, o senhor Darci Vedoin, que é o proprietário principal da empresa, em seu depoimento, deixa muito claro que nunca teve negociação com o deputado Wellington Fagundes.

O deputado informou que de 2001 a 2005 R$ 322 mil foram liberados por meio de emendas parlamentares para prefeituras administradas pelo PL. E nenhum prefeito comprou das empresas ligadas ao esquema.

- Portanto, se não tem o fato gerador do crime, não tem como existir o crime - concluiu.

Integrante da lista dos 18 deputados contra os quais a CPi não encontrou provas de envolvimento na máfia das ambulâncias, o deputado Nélio Dias (PP-MT) considerou justo o relatório parcial divulgado nesta quinta-feira.

- Já sabia, particularmente, da minha inocência, porque não tinha praticado nenhum ato que desabonasse a conduta de um deputado.





Fonte: Globo Online

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