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Economia
Sexta - 11 de Agosto de 2006 às 06:58

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Produtores rurais de Mato Grosso e tradings do setor privado reivindicam hoje junto ao governo federal a regionalização do prêmio pago nos leilões de Prêmio Equalizador ao Produtor (Pepro) e Prêmio de Equalização da Soja (Pesoja) para o Norte de Mato Grosso. Embora o valor seja o maior ofertado aos Estados participantes, de R$ 6 por saca, os sojicultores alertam que regiões como Sinop estão ficando de fora dos leilões ante o alto custo do frete na planilha das comercializadoras. O fator aliado a dificuldades na comprovação de escoamento do produto fez com que o índice de comercialização no Estado caísse de 90% no primeiro leilão para 32% na última rodada.

A expectativa dos produtores é que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dê uma resposta ao pedido de regionalização dos prêmios no início da próxima semana. As duas versões dos leilões de soja foram criadas pelo governo em retorno aos apelos do setor agrícola ante a crise e já tiveram as normas alteradas no mês passado.

"Já aconteceram várias modificações, mas também existem várias alternativas que precisam ser estudadas pelo governo. Estamos tentando costurar um acordo que possa atender a todos os lados da questão", afirma o coordenador do Centro de Comercialização (CentroGrãos) da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), João Birkhan.

Ele lembra que o custo do frete para o transporte da soja de Sinop ao porto de Paranaguá, no Paraná, é em média R$ 1,50 mais caro por saca na comparação com a remessa a partir de Nova Mutum. "As tradings acabam comprando só de Nova Mutum porque é a única região que viabiliza o fechamento das contas financeiras. Como Mato Grosso é muito grande, é natural que os preços do frete e também do prêmio sejam diferentes".

Birkhan integra a comissão formada entre Famato, Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) e Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para discutir os entraves na participação e formatação dos leilões. O coordenador afirma que foi cogitado o pedido de cancelamento do Pesoja e Pepro marcados para hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas o consenso é de que se aguarde a reunião com o ministro da Agricultura, Luis Guedes Pinto, prevista para a próxima terça-feira (15).

"Já vamos encaminhar hoje as propostas para representantes da Conab e Mapa para a análise prévia do assunto. O que é importante é que o governo entenda que com as atuais regras será impossível esses leilões funcionarem".





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