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Economia
Quinta - 27 de Julho de 2006 às 14:49

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O embargo de dois anos anunciado pelas entidades poderá causar prejuízos aos produtores, segundo estimativas iniciais. A tendência é que ocorram perdas patrimoniais nas propriedades localizadas ao norte do Mato Grosso. Segundo o Amado Oliveira, da Federação da Agricultura do Mato Grosso (Famato), na região de fronteira do Estado, as propriedades sofreriam uma desvalorização, pois qualquer movimento de expansão para exploração de soja seria proibido.

''Essa é uma região de pequenas propriedades e esses produtores serão os mais prejudicados'', afirma Oliveira. Do ponto de vista dos exportadores, a visão é um pouco diferente. Para o diretor-executivo da Anec, Sérgio Mendes, a decisão protegerá os produtores.

''As sanções que os produtores de soja poderiam receber, caso alguma medida não fosse tomada, seriam muito maiores'', defende. Segundo ele, apenas 0,3% da área do bioma amazônico está ocupado com soja.

''Não podemos colocar em risco toda a sojicultura do Brasil por causa de uma parcela tão pequena'', afirma. Na avaliação do diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, existe um potencial de prejuízo para alguns produtores, mas que ainda não pode ser medido.

''Na safra que será plantada, o produtor não tem condição de aumentar a área, ou seja, neste ano, não será possível avaliar o tamanho do prejuízo que essa medida trará'', afirma. De qualquer forma, o executivo da Aprosoja informou acreditar que a medida tomada pela Abiove e Anec é uma resposta às novas demandas dos mercados consumidores. ''Não vamos conseguir mudar a vontade do consumidor. Se essa é uma exigência do mercado, vamos ter de atender'', afirma.





Fonte: 24HorasNews

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