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Saúde
Terça - 18 de Julho de 2006 às 14:25
Por: Joanice de Deus

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses), em parceria com os municípios mato-grossenses, vem trabalhando pela intensificação das ações de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, mesmo nesta época de seca. “O combate a doença é periódico e acontece todos os meses do ano, já prevendo o período critico, que é a chegada das águas o Estado inicia seu processo de chamamento aos municípios para intensificar as ações. Elas devem ser feitas, neste período de seca, na verificação de criadouros em reservatórios de águas, nos terrenos baldios e acima de tudo com a participação da população na verificação de seus quintais visto que a dengue é uma doença urbana que está dentro das casas. A água dos animais domésticos devem ser trocadas todos os dias. Estas são algumas das medidas recomendadas nesse período”, disse o coordenador da Vigilância Ambiental da Saúde do Estado, Oberdan Ferreira Lira.

O Estado de Mato Grosso registrou uma redução de 33% nos casos confirmados da dengue no primeiro semestre deste ano se comparado ao mesmo período de 2005. Até o momento, foram confirmados 3.709 casos da doença contra 4.593 ocorrências no ano passado. De acordo com as notificações houve um aumento de 20,31% neste ano se comparado ao mesmo período de 2005. Até o momento foram 9.853 notificações contra 8.189 casos registrados no ano passado. “As notificações aumentadas, para o Estado, são positivas porque significam que os municípios estão sensíveis ao combate da dengue e trabalhando mais ativamente,“, explicando ainda o coordenador que este incremento é resultado do trabalho do Estado e dos municípios na intensificação das ações de vigilância epidemiológica e busca ativa, das capacitações de profissionais de saúde responsáveis pelo diagnóstico, tratamento e notificação dos casos.

Oberdan Lira também chama a atenção da população para que mantenha as ações de controle do mosquito mesmo neste período de seca, quando há uma redução dos casos. Porém, ele explica que os ovos podem permanecer latentes por um ano . “Com a chegada da chuva o contato dos ovos com a água e o gás carbônico faz com que o ovo ecloda e suas larvas desenvolvam-se em água limpa e parada, aumentando assim a infestação”, disse.

Por isso, é fundamental o empenho de toda a comunidade para eliminar todos os criadouros de larvas do mosquito Aedes aegypti agora no inverno. “As atividades de controle e prevenção da dengue não podem parar nos municípios, elas têm que ser contínuas. Mesmo nesta época, os agentes comunitários de saúde devem ir de casa em casa orientando os moradores a manterem suas caixas d’águas sempre bem tampadas e limpas, evitar o acumulo de lixo e outros materiais que acumulem água nos seus quintais”. Em novembro, também será realizado o “Dia D” da dengue visando a mobilização de toda a população.

Oberdan ressaltou ainda que neste período do ano observa-se um aumento do mosquito Culex, mais conhecido como pernilongo ou muriçoca que é diferente do Aedes aegypti, de corpo escuro, rajado de branco e que possui hábito de picar durante o dia. “As pessoas costumam usar inseticidas para controlar as muriçocas, mas é preciso tomar cuidado para evitar intoxicações ou mesmo agravar outras doenças como no caso da asma”, alertou.

Não existe vacina contra a dengue. Por isso, a prevenção é a única forma de evitar a doença. Os sintomas mais comuns da dengue comum são: febre, náuseas, vômitos, dor nos olhos, falta de apetite, dores no corpo, principalmente nos músculos e nas articulações e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo.

No caso da febre hemorrágica da dengue (FHD), os sintomas iniciais são os mesmos da dengue comum. A diferença é que surgem sangramentos, a pressão cai, os lábios ficam roxos e a pessoa, além de sentir dores no abdômen, alterna sonolência com agitação. “Toda pessoa que apresentar sintomas da doença deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência para obter orientação médica”, alertou Oberdan Lira. A pessoa com dengue deve beber muito liquido e não deve se automedicar.





Fonte: Da Assessoria

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