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Politica Brasil
Sexta - 16 de Junho de 2006 às 23:10

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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que ainda não recebeu o manifesto dos parlamentares da legenda sugerindo que o partido não lance candidato próprio, mas que vai acatar o "que for decidido na convenção nacional". Segundo Lupi, a legenda ainda deve lançar candidato próprio para governador em 16 Estados e buscar "alianças brancas" no restante da federação. "Eu espero que a convenção confirme o nome do senador Cristovam. Nós já fizemos encontros regionais para debater o nome dele", disse ele.

Lupi confirmou que, em São Paulo, o partido foi procurado pelo PT e pelo PSDB, mas que terá candidato próprio no Estado, concorrendo com Carlos Apolinário. "Não dá para não termos candidato no colégio eleitoral mais importante do país", disse ele. vO PDT realiza sua convenção nacional na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro, com a presença de 467 convencionais, que podem confirmar ou não a indicação do pré-candidato do partido à Presidência, o senador Cristovam Buarque (DF), que foi ministro da Educação no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Integrantes do partido negam, mas a resistência ao nome de Buarque dentro do PPS foi um dos motivos porque a planejada aliança entre as duas legendas de esquerda não vingou. O PPS, agora, caminha para formalizar seu apoio à candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência.

Aparentemente, o nome de Buarque parece encontrar resistência dentro do próprio PDT. Hoje, pelo menos metade da bancada na Câmara e a maioria dos senadores pedetistas lançaram manifesto pedindo que o partido reconsidere seu projeto de candidatura própria. Os parlamentares temem que o partido não consiga atingir os níveis mínimos de desempenho eleitoral exigidos pela regra da "cláusula de barreira", o que seria fatal para a legenda, já que impediria o acesso ao fundo partidário, principal fonte de receita das agremiações.

Estados

Sem candidato próprio, os diretórios estaduais do PDT ficariam livres --como o PMDB-- para fazer coligações nos Estados que julgarem mais convenientes. Esse é um dos argumentos utilizados pelos parlamentares do PDT, entre o deputado federal Alceu Collares (RS).

Segundo Carlos Lupi, o PDT já deve lançar candidatos próprios ao governo de 16 Estados, entre eles, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Amapá e Sergipe. Em outros, a legenda vai contornar a legislação por meio do mecanismo da "aliança branca", o apoio informal a uma coligação, como já vai acontecer em Minas Gerais, onde os pedetistas declararam apoio ao tucano Aécio Neves, e pode acontecer no Amazonas e Goiás.





Fonte: Folha Online

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