Ministro Agenor Álvares recebe embaixador da OMS pela eliminação da hanseníase

O ministro da Saúde, Agenor Álvares, recebe nesta segunda (12), às 16h30, em seu gabinete, a visita do embaixador honorário da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa. O encontro faz parte de uma extensa agenda de Sasakawa junto às lideranças políticas e técnicas dos países endêmicos, para manter a eliminação da hanseníase como problema de saúde na lista de prioridades nas pautas governamentais.

Recentemente, o embaixador liderou o apelo global pelo fim do estigma e discriminação contra as pessoas atingidas pela hanseníase, lançado em 29 de janeiro último em Nova Déli, na Índia. O apelo contou com a adesão e a assinatura de líderes como Jimmy Carter, Vaclav Ravel, Dalai Lama e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Fundação Sasakawa (SMHF) foi fundada em 1947, por Ryoichi Sasakawa, presidente da Japan Shipbuilding Industry Foundation, para buscar a eliminação da hanseníase, logo após a erradicação da varíola. A SMHF é afiliada à Nippon Foudation, também fundada por Sasakawa, em 1962, e integra o International Federation of Anti-Leprosy Associations (Ilep), desde 1975.

O principal objetivo da SMHF é a eliminação da hanseníase como problema de saúde publica, assim como a eliminação do estigma que cerca o paciente e sua família. A fundação, juntamente com a OMS e o Ilep, tem colaborado com programas para a eliminação da doença em países endêmicos, fortalecendo os projetos desses países. Hoje, a SMHF tem se concentrado no suporte do trabalho de campo dos dez principais países endêmicos, que necessitam de apoio para o êxito de seus esforços.

Compromisso - No Brasil, a SMHF apóia o Ministério da Saúde, por intermédio da Organização Pan-americana da Saúde (Opas) desde 1996, financiando atividades na área de monitoramento da eliminação da doença e na assessoria técnica, além de mobilização política e social para obter o compromisso de autoridades e da sociedade com a eliminação da doença e do estigma.

Atualmente, tem ainda empreendido atividades no sentido de viabilizar a inclusão do tema na agenda de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Em fevereiro de 2005, Sasakawa participou, no Rio de Janeiro, do Seminário Hanseníase e Direitos Humanos, promovido pelo Ministério da Saúde, pelo Movimento pela Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e pela Fundação Sasakawa.

O Brasil tem o compromisso de eliminar a hanseníase como problema de saúde pública até 2010. A confirmação foi feita durante o Fórum Global de Eliminação da Hanseníase, na Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra, em maio passado. Para isso, o Brasil desenvolve uma série de iniciativas, como a promoção do acesso ao diagnóstico e tratamento grátis, além da redução do estigma. Isso facilita a detecção precoce da hanseníase, diminuindo, assim, as chances de se desenvolver formas mais graves da doença.