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Repórter News - reporternews.com.br
Cultura
Domingo - 04 de Junho de 2006 às 12:00

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O grande artista tem de ir onde o povo está... Esse parece ser o lema de boa parte das atrações do I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá. Nesta segunda-feira, a Praça Alencastro via palco às 10h para receber a montagem “Gozolândia, uma farsa democrática”, do grupo paulista IVO 60. À tarde, às 15 horas, será a vez da Praça das Bandeiras (no Complexo CPA) virar teatro, com a apresentação do “Romeu e Julieta” do Teatro Mosaico, de Cuiabá. As duas atrações são gratuitas.

Em “Gozolândia, uma farsa democrática”, a proposta é discutir a política e, sobretudo, a politicagem, no reino fictício da Gozolândia. Fictício, sim, mas território onde se movem personagens agindo com espantosa (e infeliz) semelhança em relação a práticas recorrentes de muitos políticos brasileiros dos dias atuais. Por isso, o seu sucesso em todo o país. A peça, com direção e narração de Pedro Granato, tem 55 minutos de duração e é uma crítica bem-humorada à democracia brasileira.

Narra a trajetória política de Gozolândia do descobrimento às eleições nos dias atuais. O tema em foco é a campanha de três candidatos à Prefeitura, com o público interagindo pra valer, na medida em que vota no candidato de sua preferência. Depois, para sua decepção, tem a oportunidade de acompanhar o mandato do vitorioso, feito de corrupção, populismo e marketing. A interatividade com a platéia é um dos pontos mais altos.

Já “Romeu e Julieta” traz em cena Sandro Lucose, Celso Gayoso e Daniele Bertoni, numa adaptação bem “mosaico” do clássico de Shakespeare. A história do trágico amor daqueles filhos das famílias rivais Montecchio e Capuleto, da cidade de Verona (Itália), é aqui contada e representada de forma pouco convencional. São atores-bufões que lançam mão de bonecos para dar vida aos personagens do clássico shakespeareano.

Esta é a primeira investida da companhia em uma montagem que utiliza bonecos de manipulação direta em cena e, para tal empreitada, contou com o trabalho de Carlos Gattas Pessoa, o premiado “Carlão dos Bonecos”, para confeccioná-los. A prática representativa aqui utilizada vem desde os tempos medievais, quando o teatro de bonecos encantava as feiras das cidades. A intenção do Mosaico é recuperar essa prática, com a particularidade de que a cena é montada diante da platéia.

O I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá começou no dia 3 de junho e prossegue até 10 de junho em Cuiabá. O evento é realizado pelo Teatro Fúria e tem o patrocínio e o apoio institucional do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Cultura, Conselho Estadual de Cultura e da Prefeitura de Cuiabá, por meio de sua Secretaria Municipal de Cultura.

IVO 60 - O IVO 60 formou-se em setembro de 2000 com alunos de diversas unidades da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Já se apresentou em diversos palcos da capital paulista bem como em diversas praças e ruas da cidade, além de universidades pelo Brasil afora. E, num reconhecimento pela qualidade e alcance social do seu trabalho, já foi por duas vezes contemplado pelo Programa de Fomento ao Teatro da Prefeitura de São Paulo.

Teatro Mosaico - O Teatro Mosaico é uma daquelas companhias cuja força imagética salta à primeira vista. A começar pelas vestes dos artistas e cenários em cores fortes, que têm marcado a trajetória do grupo com mais de uma década de atividades. O Teatro Mosaico já percorreu mais de 15 estados brasileiros e tem recebido o reconhecimento por seu trabalho. Assim aconteceu em suas temporadas no Centro Cultural do Banco do Brasil das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). No fim de 2004, recebeu o prêmio Caravana Funarte de Circulação Brasil Central, que percorreu mais de 8.000 km levando o teatro Brasil afora.





Fonte: Da Redação

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