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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 01 de Junho de 2006 às 17:15

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Apesar das incertezas deixadas pela ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano), divulgada ontem, o mercado financeiro brasileiro tem um dia de bastante otimismo. Às 13h09, o dólar comercial aprofundava a tendência de queda apresentada desde o ínicio dos negócios: caía 2,36%, vendido a R$ 2,269. O risco-país recuava 1,11%, para 265 pontos. A Bovespa acompanhava a Bolsa de Nova York e subia 2,5%, para 37.444 pontos, já tendo atingido a máxima de 37.546 pontos.

Segundo analistas, o mercado ainda está sujeito a volatilidade, enquanto os investidores analisam os indicadores sobre a economia dos Estados Unidos que forem sendo divulgados.

Pela manhã, o Departamento do Trabalho norte-americano informou que a produtividade dos trabalhadores do país cresceu 3,7% no primeiro trimestre deste ano (dado anualizado), superando a estimativa inicial de 3,2% Os salários, por sua vez, subiram 1,6%. A atividade no setor de construção civil teve retração de 0,1% em abril, a primeira desde junho de 2005, causada principalmente pela queda de 1,1% na categoria de imóveis residenciais, segundo dados do Departamento do Comércio.

Tais números mostram que a economia está crescendo a um ritmo menor, o que também pode significar menos pressões inflacionárias.

O nervosismo começou no dia 10 de maio, quando, na 16ª elevação consecutiva, o Fed aumentou em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano, os juros dos EUA. Havia a expectativa de uma indicação do fim do ciclo de altas, porém ela não veio.

Quando a taxa norte-americana sobe, grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro para buscar menores riscos --um dos refúgios são os os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano).

Na opinião de Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK, o dólar deve oscilar entre R$ 2,25 e R$ 2,35 nos próximos dias, sem espaço para subir muito acima deste patamar se o Banco Central continuar intervindo no câmbio para segurar as cotações mas também sem recuar para baixo desse nível enquanto a possibilidade de mais aumentos dos juros norte-americanos permanecer no ar.

Como outros momentos de turbulência são esperados, a recomendação dos analistas ainda é: cautela. Na Bovespa, depois das recentes perdas --em maio, elas foram de 9,5%--, podem surgir boas oportunidades de compra de papéis que estão com preços relativamente baixos se avaliado o desempenho da empresa e seu potencial futuro. Mas, nesse caso, os especialistas sugerem escolher ações de grandes companhias, que apresentam bastante liquidez.

O dólar paralelo se mantinha em R$ 2,45 e o turismo caía 0,41%, para R$ 2,39.





Fonte: Folha Online

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