Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Educação/Vestibular
Quinta - 01 de Junho de 2006 às 13:35
Por: Soraia Ferreira

    Imprimir


No próximo dia 6 de junho, 198 índios vão colar grau em Mato Grosso. O ato demarca dois avanços importantes para o Estado. O primeiro: essa é a primeira turma de índios da América Latina formada por um projeto diferenciado em Educação Básica, o Terceiro Grau Indígena; e o segundo: com isso, chega à marca de 3.390 profissionais da Educação graduados em cursos superiores oferecidos pelo Estado, desde 2003.

Até o final de 2006, o Governo terá oferecido 28 mil vagas aos servidores da rede estadual de Educação, somando-se as formações iniciais e continuada. O investimento nessas ações ultrapassam os R$ 20,4 milhões.

Além dos formandos citados, oriundos de 37 etnias mato-grossenses e de 11 estados brasileiros, o Terceiro Grau Indígena contempla mais 100 professores indígenas que se formarão em 2008. E, outros 960 professores que tinham apenas magistério, estão para se formarem em algum curso superior na área da Educação. Em formação inicial, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) investiu, ao longo desses três anos, R$ 8,4 milhões.

Essa qualificação é garantida pelo planejamento estratégico do Governo do Estado para a área da Educação: Escola Atrativa, por meio do projeto “Aprimorar”. A oferta é dada em convênios com as Universidades: Federal de Mato Grosso (UFMT) e Estadual de Mato Grosso (Unemat). Já no Terceiro Grau Indígena, o curso ainda conta com as parceiras da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Prefeitura de Barra do Bugres.

Continuidade

O “Aprimorar” ainda prevê, periodicamente, qualificação aos profissionais da Educação (docentes e não-docentes). No decorrer dos últimos três anos foram 24 mil vagas em formação continuada ofertadas por meio de seminários, workshops e oficinas.

São cursos que vão desde a atualização em Língua Espanhola aplicada por assessores lingüísticos da Embaixada da Espanha, até o acompanhamento direto e a oferta de auxílio nas dificuldades encontradas em sala de aula. Esse acompanhamento é feito pelos Centros de Atualização e Formação de Professores (Cefapros), que em 2005 atenderam 8.047 professores, e, pelo projeto Eterno Aprendiz.

Nesta última ação, somam-se mais 5.530 professores de Língua Portuguesa e Matemática. Esse curso está em execução e custará R$ 10,7 milhões, dos quais R$ 1,4 milhão foram destinados à contratação da Fundação Cesgranrio.

O Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, também investiu R$ 263,4 mil na qualificação de professores para atender os Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs). Esses recursos beneficiaram 4.907 professores de 184 escolas, em 118 municípios do Estado.

No total, em formação continuada estão sendo gastos mais de R$ 12 milhões. Um exemplo da boa aplicação deste recurso é o projeto Arara Azul, que deu aos técnicos e apoios administrativos a oportunidade de se profissionalizarem e ampliarem os subsídios mensais em, no mínimo, 40%.

Recentemente, o Arara Azul foi reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e se tornou referência nacional na valorização dos profissionais da Educação. Passaram por esse projeto 2.207 servidores e outros 357 se formam até o final desde ano.

Concurso

A secretária de Estado de Educação, Ana Carla Muniz, afirma que a valorização do profissional da Educação no Estado não está fundamentada apenas na oferta de cursos gratuitos, mas também no pagamento de mais de R$ 35 milhões em direitos, nos reajustes salariais concedidos nos três anos de Governo, e na abertura de 2.280 vagas para suprir a demanda profissional da pasta, por exemplo.

“O edital para provimento de 80 vagas para professores indígenas já foi publicado. Estamos no aguardo da publicação do edital para o cargo de professores (2.000 vagas) e técnicos (200)”, afirmou Ana Carla.

No decorrer do processo para ofertar essas vagas, observa a secretária, técnicos da Seduc detectaram que os servidores da Educação tomam poss, há quatro concursos, e não tiveram seus cargos criados.

Para suprir esse problema, a Seduc enviou à Assembléia Legislativa a Lei número 8.404, aprovada em 27 de dezembro de 2005, que dispõe sobre o quantitativo de cargos que compõem a carreira dos profissionais da Educação Básica da Seduc.




Fonte: Assessoria

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/297500/visualizar/