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Politica Brasil
Sábado - 20 de Maio de 2006 às 07:38
Por: Andréa Fontes

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A defesa da ex-servidora do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, requisitou à justiça que ela seja colocada em total isolamento em relação à família Vedoin. O advogado Eduardo Mahon afirma que o pedido, que já foi acatado, visa evitar "constrangimento e ameaças".

Maria da Penha está presa no presídio feminino do Pascoal Ramos, onde também estão as outras dez presas na operação, entre elas Cléia Maria Trevisan, esposa de Darci José Vedoin, e a filha do casal, Alessandra Trevisan Vedoin, além de Helen Paula Duarte Cirineu Vedoin.

Desde que prestou depoimento pela primeira vez à PF, a defesa de Maria da Penha pediu que ela ficasse em uma cela sozinha. Entretanto, em algumas ocasiões, ela chegou a ficar lado a lado com as demais presas, como no sábado passado, quando foi levada à sede da PF para prestar depoimento à Comissão de Sindicância da Câmara, e na terça-feira, quando foi a Brasília para o mesmo objetivo. Tanto no sábado como na terça-feira, Penha foi levada à PF e a Brasília no mesmo transporte com as demais presas.

É Maria da Penha a presa na operação que mais tem apresentado detalhes sobre o esquema para a PF. A defesa da ex-servidora do Ministério da Saúde entregou ao Supremo Tribunal Federal um HD (disco rígido) de um computador da empresa Planam, onde estariam todos os dados do esquema, desde prefeituras, emendas, até valores de propinas pagas a parlamentares. Penha, que já foi funcionária da Planam e é apontada pela PF como o elo entre a Planam e o Ministério da Saúde, afirma que deixou o emprego na empresa dos Vedoin após grandes discussões com os chefes.

Diligências - A Polícia Federal continua buscando informações sobre o esquema de superfaturamento de ambulâncias e pagamentos de propinas. Novas diligências estão sendo realizadas em municípios citados nos inquéritos. Membros da comissão de licitação do período investigado, 2000 a 2005, estão sendo ouvidos.

Uma equipe, liderada pelo delegado Eduardo Rogério, realizou este trabalho ontem nos municípios de Poconé e Nossa Senhora do Livramento e na quinta-feira em Cuiabá e Várzea Grande.

A PF instaurou 75 inquéritos para apurar o suposto envolvimento de municípios mato-grossenses no esquema da Planam. Estes inquéritos foram enviados para a 2ª Vara Federal de Mato Grosso na semana passada. Esta semana, o delegado responsável pela operação "Sanguessuga", Tardelli Boaventura, indiciou as 54 pessoas que foram presas na operação, embora seis já tenham ganhado a liberdade. O delegado Tardelli não foi localizado pela reportagem para informar sobre as novas diligências em outros municípios que a PF estará nos próximos dias.





Fonte: A Gazeta

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