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Economia
Quinta - 18 de Maio de 2006 às 07:20
Por: Gemina Soares

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem, 17, o resultado da pesquisa mensal do comércio. Mato Grosso é o Estado brasileiro com maior queda nas vendas. O volume de comercialização no primeiro trimestre deste ano foi 11,13% menor que no período de outubro a dezembro do ano passado. Em segundo lugar no ranking está o Rio Grande do Sul, que registrou diminuição de 2,79%.

De acordo com o presidente da Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), Pedro Nadaf, a queda é reflexo da crise no agronegócio. Nadaf afirma que os preços estão cerca de 4 vezes menores que em 2004. "Ainda assim, o setor não regsitra crescimento porque a base do comércio mato-grossense é a produção agrícola". O quadro, de acordo com Nadaf, só vai melhorar se a crise chegar ao fim. "Está aumentando o desemprego na própria agricultura. Sem oportunidade de trabalho, há menos dinheiro circulando".

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Roberto Carvalho, concorda. Segundo Carvalho, o comércio está à espera do anuncío pelo governo federal do Plano Safra 2006/2007 e de novas medidas para socorrrer o setor agrícola. "Se o pacote do próximo dia 25 atender às reivindicações, acredito que o quadro se inverta e as vendas voltem a crescer".

Carvalho afirma ter uma visão otimista. Para ele, com o lançamento das medidas, o setor vai poder "respirar aliviado".

Levando-se em conta os números nacionais, entretanto, o primeiro trimestre deste ano foi melhor que os últimos três meses de 2005. O volume de vendas no varejo registrou crescimento de 5,04% entre janeiro e março comparados aos 4,84% de outubro a dezembro do ano passado.

O aumento das vendas nos supermercados, de eletrodomésticos, computadores e telefones celulares foi o que mais contribuiu para o resultado.

De acordo com a pesquisa do IBGE, o movimento nos supermercados passaram de 3,08% no último trimestre de 2005 para 5,19% nos três primeiros meses de 2006. Equipamentos de informática e de comunicação passaram de 53,95% para 55,38% no mesmo período.





Fonte: A Gazeta

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