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Politica Brasil
Quarta - 17 de Maio de 2006 às 06:14

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A aprovação de um indicativo em torno da candidatura do senador Cristovão Buarque (PDT) à presidência da República afasta o PDT do PPS, que ao mesmo tempo em que defende a candidatura de Roberto Freire (PPS) à sucessão de Lula, articula uma coligação com o PSDB. Em Mato Grosso, o indicativo coloca o deputado Carlos Brito (PDT) em situação delicada, já que ele aderiu ao PDT com a garantia de que o partido iria apoiar a candidatura à reeleição do governador Blairo Maggi (PPS).

Se PDT e PPS realmente estiverem em alianças separadas, Carlos Brito, aliado de primeira hora do governador Blairo Maggi, corre o risco de ficar sem palanque no Estado. No entanto, Brito prefere aguardar a decisão final das convenções, mas aposta que essa decisão não é definitiva. “A posição majoritária nos estados não é a candidatura própria”, avalia.

No entanto, mesmo evitando falar em “apoio branco”, Brito afirmou que não existe possibilidade de ele recuar do seu apoio à reeleição de Blairo Maggi. O parlamentar ressalta que na época em que se filiou ao partido o seu posicionamento era claro e foi aceito pelo PDT, inclusive pela direção nacional da legenda.

“Na época da minha filiação, PPS e PDT já haviam definido que iriam caminhar juntos. Mesmo antes da minha filiação, já havia um posicionamento do PDT de apoio a Maggi”, ressaltou ao ponderar que a situação terá que ser discutida com o partido.

“Eu não vou fazer nenhum trabalho pedindo para os eleitores não votarem em Blairo Maggi, todo mundo conhece o meu posicionamento”, reiterou. “Se esse cenário se confirmar, eu não posso pedir voto para Blairo Maggi, mas também não vou pedir para os eleitores não votarem nele”, ponderou. Brito deixou o PPS em 2004 e filiou-se ao PDT às vésperas de findar o prazo para poder disputar a reeleição.

Se por um lado esse cenário complica a reeleição de Brito, o mesmo não se pode dizer das perspectivas para Maggi. No caso de uma aliança entre o PPS e o PSDB, em Mato Grosso o governador Blairo Maggi contaria com o apoio do PFL, seu principal aliado em 2002, juntamente com o PP. Além disso, o governador poderia seguir o seu posicionamento pessoal de apoio à candidatura do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

De acordo com a nota oficial emitida pelo PDT, após a reunião da Executiva Nacional realizada nesta segunda-feira (15), o partido aprovou o indicativo de candidatura própria à Presidência da República e a indicação do nome de Cristovam Buarque para ir à convenção. No entanto, a decisão ainda resguarda que as alianças prioritárias, tanto nacionalmente quanto nos estados, devem ser com o PPS.

Uma nova reunião para discutir o assunto já foi marcada para o próximo dia 23 de maio. Juntamente com o Conselho Político, com os presidentes dos diretórios regionais do PDT de todo o Brasil, mais os pré-candidatos a governador de todo o Brasil, além dos integrantes das bancadas do PDT na Câmara e no Senado Federal, o partido deverá tomar uma decisão definitiva em relação à aliança com o PPS.





Fonte: Diário de Cuiabá

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