Repórter News - reporternews.com.br
Meio Ambiente
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 15:03

    Imprimir


Duas décadas depois de "Gloria", o último furacão que atingiu Nova York, a cidade dos arranha-céus volta a tremer diante da possibilidade de se ver castigada pela próxima "temporada de furacões", que começa dia 1 de junho.

Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, a área metropolitana de Nova York e Long Island está entre as regiões que correm o risco de sofrer fortes tempestades tropicais durante os próximos meses.

Um dos meteorologistas, Michael Wyllie, disse esta semana na Universidade de Nova York que a possibilidade de um furacão atingir a cidade este ano é duas vezes maior que nas temporadas anteriores, devido ao superaquecimento das águas do mar do Caribe e do Atlântico.

Wyllie afirmou que, segundo as previsões, os próximos furacões podem chegar à categoria 2 da escala Saffir-Simpson, que mede a intensidade do fenômeno. Os mais pessimistas prevêem, no entanto, que os próximos furacões podem ser ainda mais fortes, chegando à categoria 3.

Na pior das hipóteses, isto representaria ventos de mais de 200 km/h, além das temidas "marés de tempestade", grandes massas de água levadas terra adentro pelo temporal.

"Se sofrermos uma tempestade dessa magnitude haverá mais danos do que o esperado. Poderia ser desastroso", assegurou Wyllie.

As ameaças incluem uma provável inundação da parte sul de Manhattan - como aconteceu em 1821, por causa de um furacão - e graves danos aos arranha-céus, além da paralisação do metrô.

O alerta leva em consideração que as 28 tempestades tropicais, furacões e ciclones do ano passado representaram um recorde. E a expectativa é de um número igualmente alto este ano.

A cidade ainda não esqueceu Gloria, o furacão de categoria 2 que em 1985 causou prejuízos no valor de US$ 900 milhões.

Segundo a AIR Worldwide Corporation, encarregada de avaliar os prejuízos causados por catástrofes naturais, Nova York é o segundo pior lugar dos EUA para enfrentar um furacão, perdendo apenas para Miami.

Mas, de acordo com John Koch, especialista do escritório nova-iorquino do Serviço Nacional de Meteorologias, um furacão poderia ser mais destrutivo em Nova York do que em Miami porque "a velocidade dos ventos aumenta com a altura. Eles são muito mais fortes no 30° ou 50° andar de um prédio do que no nível do solo".

Para evitar tragédias como a do ano passado em Nova Orleans, onde o Katrina causou a morte de 1.300 pessoas, a prefeitura de Nova York começou a informar aos cidadãos o que fazer em caso de emergência.

O escritório do prefeito Michael Bloomberg prevê a possibilidade de cortes elétricos e escassez de alimentos, o que historicamente leva a desastres, como aconteceu nos blecautes de 1965, 1977 e 2003.

As principais recomendações são seguir os planos de evacuação, evitar as zonas de risco próximas ao rio Hudson e equipar cada membro da família com um "kit de sobrevivência", com comida enlatada, água e pilhas.





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/301278/visualizar/