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Economia
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 11:08

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O ministro da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin destacou nesta sexta-feira (12), em Cuiabá, o grande potencial de Mato Grosso em relação à aqüicultura. Para ele, o grande potencial do Brasil, e também do Estado, não está na pesca e sim na aqüicultura. Isso porque 12% da água doce do mundo estão em território brasileiro. Além disso, o país tem condições climáticas adequadas para a atividade. Só no lago de Manso, em Mato Grosso, há 44 mil hectares disponíveis para piscicultura em tanque-rede. A possibilidade surgiu no atual governo com a regulamentação da utilização de 1% de todo o espelho de água de barragens e lagos de usinas para fins de aqüicultura.

“O Brasil tem 5,5 milhões de hectares em reservatórios de usinas. Podemos elevar a produção atual de peixe de 1,5 milhão para 10 milhões por ano. Já estamos fazendo isso em sete barragens”, frisou o ministro. A primeira cessão de água pública, e única até agora, aconteceu no ano passado, em Goiás, na usina Serra da Mesa. A cessão de águas públicas pode se dar por até 20 anos.

A produção de peixe em Mato Grosso está em 20 mil toneladas por ano, sendo 16 mil toneladas de piscicultura e o restante de pesca. Conforme dados da Seap, em Mato Grosso há 5 mil pescadores e a estimativa é que haja 1,5 mil piscicultores, mas somente 900 reconhecidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

O ministro destacou um grande investimento da Seap de R$ 280 milhões para construir o primeiro entreposto pesqueiro do Centro-Oeste, em Barra do Garças, que será inaugurado no dia 20 de maio. O entreposto conta com mercado do peixe, câmara fria e caminhão para transporte de pescado.

O objetivo da Seap é aumentar o ganho do pescador, reduzir o preço para o consumidor e, com isso, aumentar o consumo de peixe no Brasil. Atualmente, o brasileiro consome 6,8 quilos de peixe por ano, quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 12 quilos. Um dos grandes problemas, de acordo com Gregolin, é a longa cadeia de intermediários que acaba elevando o preço do peixe.

A Seap tem um orçamento de R$ 120 milhões para 2006. Mas, se forem considerados todos os programas de fomento da atividade os recursos chegam a R$ 2 bilhões. “Até 2003 o setor da pesca tinha posição secundária no governo, mas com a criação da Secretaria, naquele ano, a atividade passou a ser uma política de governo, passou a ter prioridade”, garantiu o ministro.

Altemir Gregolin participou, nessa sexta-feira (12), da solenidade de encerramento do XXXIII Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet), no Centro de Eventos do Pantanal. Médico veterinário, ele foi homenageado pela Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV) com a comenda Ordem do Mérito, no grau Grã Cruz. Antes do encerramento, o ministro visitou os estandes do Enipec 2006 (Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária).

O ministro fica em Cuiabá até amanhã, sábado (13), quando entrega kits para a cooperativa de pescadores de Cáceres e visita o reservatório do lago de Manso para conhecer o potencial de produção de peixe e se encontrar com representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (Mab).





Fonte: O Documento

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