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Saúde
Quarta - 10 de Maio de 2006 às 15:55
Por: Jesiel Pinto

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A Secretaria de Estado de Saúde está tomando medidas para bloquear o avanço da hantavirose em Mato

Grosso. Para isso, em parceria com o Ministério da Saúde (MS), já desencadeou a segunda fase de uma pesquisa que pretende mapear a especificidade da existência do rato que transmite a doença no Estado. A situação em Mato Grosso, incluindo a região dos municípios de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, está sob o escrutínio constante da Saúde do Estado na proteção da saúde da população.

Paralelamente a essa pesquisa a Saúde do Estado, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do pólo Tangará da Serra que abrange o município de Campo Novo do Parecis, e o Escritório Regional de Saúde, desenvolve uma bateria de atividades visando diminuir o impacto da doença na região.

O diretor do Escritório Regional de Saúde de Tangará da Serra, Paulo Roberto Araújo, informou que “foram realizadas reuniões com as prefeituras dos municípios do pólo, reuniões com o sindicato dos produtores, visitas de conscientização da importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), inspeções nos locais onde são notificados aparecimento de ratos e usou-se, intensivamente, a mídia impressa e falada para alertar a população sobre os cuidados a serem tomados”.

Como a hantavirose não tem tratamento específico o paciente precisa ser encaminhado a um hospital com suporte (UTI) e a referência no Médio Norte é no Hospital das Clínicas de Tangará da Serra. “Ocorre que a evolução da doença é muito rápida e os pacientes com sinais e sintomas iniciais acham que pode ser uma gripe forte, às vezes se automedicando, e isso mascara o caso. Depois de três a quatro dias, inicia-se uma síndrome respiratória aguda, ocasião em que o paciente fica com dificuldades de respirar e, de imediato, tem que ser encaminhado para uma UTI”, explicou o diretor do Escritório Regional de Saúde.

Dados da Hantavirose

De 1999 até o ano de 2005 o Estado de Mato Grosso apresentou 53 casos confirmados de pessoas com hantavirose. Desses, 30 sobreviveram à doença. No ano de 2005 foram confirmados 11 casos no Estado, e 07 casos evoluíram para cura. Em 2006, até agora, foram notificados 03 casos suspeitos de terem contraído a doença, mas sem confirmação laboratorial essa sorologia é encaminhada para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Estado do Pará, que leva entre 10 a 15 dias para dar o resultado.

Depois do workshop nacional, que será realizado em Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, possivelmente até setembro de 2006, Mato Grosso estará realizando essas sorologias em seu próprio território, ficando assim muito mais rápido o resultado.

Também com o trabalho de pesquisa do Instituto Evandro Chagas, no Pará, já foi detectado um dos vírus circulantes em Mato Grosso que é o Laguna Negra, que tem uma letalidade de 4%. Em prosseguimento ao trabalho de pesquisa iniciado em dezembro de 2005, em Campo Novo do Parecis, foram capturados dois tipos de roedores, o oligoryzomis e o calomys callosus, que estavam infectados com o vírus.





Fonte: Da Assessoria

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