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Saúde
Terça - 09 de Maio de 2006 às 04:59

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Aguiar Farina disse no discurso de posse como presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM MT), realizada na última sexta-feira, 05, no Clube Monte Líbano, que articular entidades da saúde para uma ação política conjunta, com visão estratégica e plano de trabalho definido comum, é o principal desafio de sua gestão. “Não há forma mais eficiente de contrapormos a forma vil como a saúde vem sendo relegada a posição sem nenhuma importância nas administrações públicas. Os recursos públicos cortados a cada orçamento, as políticas definidas com pouquíssima participação dos profissionais (e aqui estou me referindo a todos os segmentos), as administrações que desconsideram a exigência cidadã por transparência e democracia. E o trabalho dos médicos e dos demais profissionais cada vez mais desvalorizados”, afirmou.

Farina disse que os Conselhos de Medicina têm o espinhoso papel de fiscalizar o exercício da profissão, mas que é uma honra exercer a função de presidente do Conselho de Mato Grosso e prometeu exercê-la com honestidade e empenho. “Sou grato pela confiança depositada em mim e tenho um respeito profundo a cada médico deste estado. Não é fácil julgar um colega, mas é o médico que tem melhor condição de analisar as diferentes situações do exercício da profissão”, afirmou. “Apenar um colega é extremamente difícil, e nos perguntamos se esta é uma maneira eficaz na perseguição de um objetivo sobre-humano: extinguir o erro profissional”, ressaltou.

Para o novo presidente, todo profissional, seja de qualquer área, tem sua cota de responsabilidade social, mas o médico, por lidar com o que o que há de mais precioso, a vida humana, também é responsabilizado, equivocadamente, por falhas e insuficiências estruturais na área da saúde. “É direito do médico, mais do que obrigação, dispor de condições adequadas de trabalho”, afirmou.

Farina destacou ainda que vivemos a era da informação e do conhecimento e que é necessário educar o médico para se adequar à realidade. “O mundo ficou pequeno, de maneira tal que a informação circula muito rapidamente. A sociedade está mais informada e tem cobrado do médico igual evolução. É compromisso dessa gestão radicalizar nas ações em defesa da elevação da qualidade do ensino de Medicina, na educação continuada do médico que já está no mercado de trabalho e dar atenção especial à mobilização dos estudantes de medicina”, prometeu.

Segundo Farina, a fiscalização exercida pelo Conselho deve ser norteada com o sentido de buscar a qualidade na prestação dos serviços em saúde, de provocar a atualização em relação às novas tecnologias, à legislação e às práticas profissionais éticas. “A fiscalização deve ser pautada pela valorização do médico, pela defesa da excelência técnica e da estrutura física. Dessa forma, pela defesa também do direito do cidadão à saúde de qualidade”.





Fonte: Pau e Prosa

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