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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 08 de Maio de 2006 às 14:59
Por: André Xavier

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Depois de trabalhar por 38 anos na Sadia Oeste, sendo inclusive vice-presidente da área de agropecuária daquela empresa, o consultor, Élvio Flores garante: é “O boi que engorda a fazenda”. Com este tema ele profere sua palestra na tarde desta segunda-feira (08.05), no Centro de Eventos do Pantanal, onde acontece o Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec 2006).

Para o consultor, por mais estranho ou antagônico que pareça o mote, ele pode ser comprovado na prática. “Há cinco anos faço consultoria de um complexo de quatro fazendas de gado de corte do grupo Morro Branco, de propriedade de um industrial paulista e conseguimos resultados muito positivos na mudança dos conceitos de gerenciamento das unidades de forma que, ao reduzirmos os custos a níveis baixíssimos, aumentamos a lucratividade do empreendimento”, afirmou.

Ele explicou que a gestão profissional é baseada em planejamento e estabelecimento de metas de custos e de produtividade. “Para se ter uma idéia trabalhamos com diversas ferramentas disponíveis como a orçamentação que prevê custos, produtividade e previsão de investimentos até 2011, por exemplo”, assinalou Élvio.

Para ele, a adoção de um sistema de bonificação foi um fato novo e que vem dando resultados surpreendentes. “É uma novidade. Nós estabelecemos as metas e a partir dessas metas nós concedemos um bônus, tanto para executivos e gerentes como para os empregados, que variam de até sete salários de bonificação para executivos e um salário para os empregados, quando alcançam as metas e por cinco anos consecutivos eles recebem este estímulo, ou seja, as metas têm sido alcançadas com sucesso”, revelou Élvio Flores. “Para isso, esse pessoal passou por um treinamento para ter uma postura de gerente e não apenas de capataz”, afirmou.

Localizadas na região de Porto Esperidião, (326 KM a Oeste da Capital), a área de pastagens soma 17,4 mil hectares, o suficiente para as 44 mil cabeças. “Nossa previsão é de que consigamos produzir 169 mil arrobas relativas ao período de julho do ano passado até o próximo mês de junho”, observa o consultor. Sobre os valores comercializados, Élvio esclareceu que o custo é tão baixo que, enquanto no mercado a arroba está a R$ 41, ele consegue vender a R$ 21.

O consultor explicou que o boi a um custo muito baixo é resultado da aplicação de várias técnicas como a redução da estação de monta para 90 dias e a intenção, ainda de acordo com Élvio Flores, é reduzir para 60 dias. Com isso, as crias são contabilizadas no próprio ano. “Nossa meta de desmame é de um bezerro por hectare/ano e para isso já estamos adicionando na alimentação dos animais, o estilozante, uma leguminosa que melhora a qualidade da alimentação”, concluiu.





Fonte: Redação/Secom-MT

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