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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sábado - 06 de Maio de 2006 às 22:00

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O gerente de Comunicação Social da Fundação Roberto Marinho (FRM), Hugo Sukman, rebateu as acusações da governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho. A governadora disse, em entrevista, que sofre perseguição política por parte da imprensa.

"Não existe nem nunca existiu convênio entre a Fundação e o governo do estado. O Viva Rio queria utilizar a metodologia do Telecurso e a fundação assinou contrato dizendo que não se opunha ao uso", disse, sobre o programa Acelera Jovem, que está na página da FRM, na Internet.

O Viva Rio emitiu nota na qual afirma que assinou o convênio juntamente com outras entidades, mas que "o anunciado pelo governo não foi cumprido".

Veja a íntegra:

A verdade dos fatos

Por Rubem César Fernandes, diretor-executivo do Viva Rio

O Viva Rio esclarece que, em 2003, apresentou ao Governo do Estado um projeto de Aceleração Escolar Inclusiva, voltado para adolescentes e jovens em situação risco, que estavam fora da escola ou muito atrasados na relação série/idade. Desde 1996, o Viva Rio defende e desenvolve ações educativas para a juventude das comunidades pobres.

O Governo do Estado apoiou a idéia na ocasião e anunciou um programa de envergadura, para 180 mil alunos nos anos de 2004 a 2006. O valor mencionado na entrevista da Governadora refere-se, salvo engano, ao custo total daquele projeto, que engajaria diversos parceiros e não apenas o Viva Rio. No entanto, o anunciado pelo Governo não foi cumprido. O projeto "Acelera Jovem" foi de fato aplicado a 20.000 alunos apenas, entre 2004 e 2005. Lamentamos isto, pois o problema da juventude que está fora da escola é gravíssimo.

Na realidade, pois, o Viva Rio assinou contrato com a Secretaria do Estado de Educação em 6/10/2004, no valor de R$ 2.690.232,00, com o objetivo de apoiar 20 mil jovens na conclusão do Ensino Fundamental, através de metodologia de Aceleração Escolar. A Fundação Roberto Marinho foi interveniente neste contrato, autorizando o uso de metodologia por ela desenvolvida. Coube ao Viva Rio realizar a coordenação pedagógica, seleção e capacitação continuada de professores durante todo o programa, curso de direitos humanos, curso de planejamento familiar, apoio a adolescentes grávidas ou mães recentes, testes diagnósticos dos conteúdos das disciplinas trabalhadas, monitoramento do desempenho de todos os alunos e professores, pesquisa sócio econômica dos alunos, avaliação do aprendizado, construção de base de dados, mobilização para ações cidadãs, remuneração de 250 entidades em favelas e periferias pobres, supervisão em 38 municípios, administração de despesas operacionais e de consumo. Todas estas tarefas foram concluídas conforme contratado.

Além das 500 turmas previstas no Convênio de 2004, por solicitação da Secretaria de Estado de Educação o Viva Rio atendeu mais 100 classes de Aceleração. O Estado ainda nos deve por este trabalho adicional.

O Viva Rio age com total transparência. Suas ações são noticiadas no site www.vivario.org.br. Seus relatórios e balanços são aí publicados. As ações e as finanças são rigorosamente monitoradas e avaliadas por auditores externos. Tudo o que o Viva Rio faz é discutido por um Conselho voluntário, composto de pessoas amplamente conhecidas. Nenhuma delas ocupa cargo político. O Viva Rio não faz campanha e não se envolve em disputas partidárias. Trabalha em centenas de comunidades, pela justiça e pela redução da violência. Luta pela esperança e pela vida.




Fonte: O Dia

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