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Politica Brasil
Sexta - 05 de Maio de 2006 às 09:35
Por: Auro Ida

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A aliança com o PP e o PTB vai provocar muita discussão dentro do PPS. De um lado, o presidente regional do PPS, Percival Muniz, é contra um entendimento com esses dois partidos e, de outro, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, considera a aliança com o PP e o PTB fechada e irreversível.

Ele acredita ainda que o PL (que Muniz também é contra) tem grandes possibilidades de integrar o arco de aliança que está sendo construído em torno da reeleição do governador Blairo Maggi. A posição antagônica entre Percival Muniz e Luiz Antônio Pagot mostra a dificuldade que Blairo Maggi terá em costurar um grande coligação em torno da sua candidatura, novamente, ao Palácio Paiaguás.

A queda de braço entre Muniz e Pagot é a síntese do embate entre o romantismo político com o pragmatismo. O primeiro sonha com a manutenção da bandeira da moral e da ética, o que não tem sido preservado no cenário político nacional. Já o segundo, acredita que o mais importante é garantir o tempo na propaganda eleitoral no rádio e televisão, o que o PPS não tem.

Dentro desse quadro, Blairo Maggi terá pela frente uma árdua tarefa em uniformizar o discurso do PPS e evitar que o "fogo amigo" venha prejudicar o seu projeto político-eleitoral. Ciente desse problema, ele tem procurado conversar com as lideranças do partido, mas, ao que tudo indica, ainda não surtiu o efeito desejado.

A posição de Muniz, quase de rebeldia, mostra que ainda há muito o que conversar e acertar no PPS. Outro problema a ser enfrentado por Maggi é a decisão do partido em lançar candidato próprio e apresentar a candidatura da vice-governadora Iraci França ao mesmo cargo.

Maggi já avisou que não aceita esse tipo de pressão e anunciou, esta semana, que irá negociar a vice e o Senado com outros partidos, o que, segundo ele, ajudaria na ampliação do arco de aliança em torno da sua reeleição. No encontro em Diamantino, porém, o PPS definiu que, na próxima terça, dia 9, durante reunião em Cuiabá, o partido irá lançar o candidato ao Senado, que deve ser Muniz. O problema é que essa questão, segundo um dirigente do partido, está sendo tratado através da imprensa e não dentro da agremiação.





Fonte: A Gazeta

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