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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 05 de Maio de 2006 às 07:43

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“Se os bloqueios se estenderem por mais um dia, os abates serão paralisados em 100% no Estado”, avisa o presidente do Sindicato dos Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio de Freitas.

Ele frisa que o seu segmento apóia as mobilizações, porque a crise na agricultura promove um efeito em cascata sobre os outros setores “e por isso é uma luta justa”. Porém ele destaca que a pecuária vai acabar pagando um preço alto demais. “Atravessamos uma fase muito delicada para contabilizar novas perdas”.

Freitas não cita o valor das perdas em função dos bloqueios que os produtores rurais promovem nas rodovias estaduais. Apenas conta que estão na estrada cargas no valor de R$ 90 mil a R$ 300 mil, variando de preços para carnes desossadas ou resfriadas com osso.

“No caso do produto congelado e ou desossado, não há muito problema, mas a carne resfriada com osso tem uma validade menor, entre seis e sete dias. Se ela fica presa na estrada por cerca de três ou quatro dias, até completar a viagem, estará no prazo limite ou até mesmo expirado, e aí?”

Se no início dos protestos os problemas se resumiam a cargas retidas pela estrada, agora a questão ganha proporções maiores, revela Freitas.

“Não há um transporte regular de animais até os frigoríficos, o que estava sendo abatido e ainda consegue ser fica represado, e até ontem os abates já tinham sido reduzidos em 50%. Até o final da semana, caem para 100%. Como estocar carne se o produto em refrigeração não pode deixar o frigorífico? Como acionar uma linha de produção se o volume de animais é insuficiente? Mesmo com a atividade reduzida, os custos fixos das plantas permanecem em 100%”, observa o presidente do Sindifrigo.

“Pelos pátios dos frigoríficos existem carretas estocadas para abrir espaço ao acondicionamento de produtos novos nas câmaras frias”, revela o presidente.

PRAZO -- A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) informou que a entidade enviaria ontem um ofício ao Sindifrigo dando um prazo de 10 dias para que as indústrias façam o transporte das cargas. Depois deste prazo, os produtos ficariam retidos nas rodovias.

O secretário do Sindifrigo, Jovenino Souza, e o presidente informaram que até por volta das 17h de ontem a entidade não havia recebido qualquer comunicação dos transportadores.





Fonte: Diário de Cuiabá

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