Animais de seis a 12 meses ficam fora da etapa de maio

Presidente do Instituto Nacional de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), Décio Coutinho aponta que o início da segunda etapa de vacinação, no último dia 1º de Maio, não atrapalhará o período pré-sorologia e nem o contrário. “Todas as 125 propriedades escolhidas -- obedecendo alguns critérios -- terão de separar todo o rebanho entre seis e doze meses e deixá-lo à disposição dos testes”. De cada propriedade, o máximo de 60 e o mínimo de 30 cabeças serão escolhidas para os testes e estarão identificadas e separadas das demais. Após a coleta do sangue, eles receberão a vacina de forma assistida. A identificação visual dos animais que foram escolhidos será feita também por brincos, só que de cores diferentes das usadas atualmente para a rastreabilidade.

As 125 propriedades foram sorteadas, estão notificadas, mas obedeceram alguns critérios. Primeiro foram levados em consideração municípios com rebanhos localizados em área de risco. Pelos critérios as zonas estão em áreas próximas a países ou zonas infectadas, onde há grande movimentação de animais, principalmente para engorda e ou reprodução. São alvo ainda os animais que estão cidades onde há assentamentos ou reservas indígenas e também as cabeças que estão em fazendas que receberam animais até 60 dias antes da data de comunicação dos focos em Mato Grosso do Sul e no Paraná, ou seja, a partir de outubro de 2005.

Para selecionar o perfil de propriedades que entrariam no sorteio foram consideradas como de risco as fazendas próximas de aglomerações de animais (exposições e recintos de leilões), de abatedouros e laticínios, de lixões (restos de alimentos que podem disseminar a doença), de portos, aeroportos, postos de fronteira ou rodoviárias, de fazendas com alta movimentação de animais oriundos de assentamentos rurais, de proprietários com terras em outros países ou em áreas infectadas. Foram alvos da seleção, ainda, propriedades próximas às estradas com grande fluxo de animais (estradas boiadeiras).

Atendendo a esses critérios, o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura definiu de maneira aleatória as 125 fazendas. Os diagnóstico será feito pelo laboratório Lanagro, do ministério, em Porto Alegre. (MP)