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Quarta - 03 de Maio de 2006 às 07:43

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A 42 dias da estréia na Copa do Mundo da Alemanha, o técnico Carlos Alberto Parreira adiantou a escalação para a partida contra a Croácia, em Berlim, no dia 13 de junho, com o quarteto ofensivo confirmado.

Com uma atitude contrária ao mistério que vem adotando sobre os 23 nomes que serão convocados para o Mundial - a divulgação da lista será no dia 15 de maio - o treinador adiantou com tranqüilidade que os 11 titulares que entrarão em campo contra os croatas serão os mesmos que encerraram a campanha nas eliminatórias para a Copa, em outubro do ano passado.

Se a condição física de todos os jogadores ajudar, Parreira terá como titulares Dida, Cafu, Juan, Lúcio e Roberto Carlos; Émerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho; Ronaldo e Adriano, mesma escalação da vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela na última rodada do torneio classificatório, no dia 12 de outubro.

"Para começar a Copa é o quadrado. Depois, ao longo da competição, serão os resultados e o desempenho que irão determinar a não-necessidade ou a necessidade de se mexer nisso", afirmou Parreira a repórteres, nesta terça-feira, após participar de um debate com leitores no auditório do jornal O Globo, no Rio de Janeiro.

Antes, respondendo a uma pergunta durante a sabatina, Parreira respondeu: "O time que vai começar a Copa será o mesmo que terminou as eliminatórias, temos que manter uma coerência neste trabalho de três anos e meio."

Sobre a lista do próximo dia 15, assunto preferido dos leitores e jornalistas, o técnico decidiu não fazer nenhum comentário, alegando que devido à proximidade do anúncio não poderia comentar a situação de nenhum atleta.

Porém, sem citar nomes para as 12 vagas restantes ¿ 23 podem ser inscritos - , Parreira mostrou preocupação com o excesso de jogos de Gilberto Silva e Edmilson, que junto com Ronaldinho, que estarão em campo na final da Liga dos Campeões, entre Arsenal e Barcelona, dia 17, em Paris.

"São três jogadores importantes e com certeza um deles vai chegar mais feliz do que os outros, mas se forem convocados".

Sobre o goleiro Marcos, que não vem atuando pelo Palmeiras, o treinador preferiu não comentar.

Parreira, entretanto, não economizou palavras para repetir o lema de união dos jogadores, lembrando mais uma vez as máximas de "manter o ego do lado de fora" e que "jogador vence partida, mas é a equipe que conquista os títulos".

Ronaldinho livre

O treinador da Seleção não se intimidou ao responder uma pergunta sobre as diferenças do desempenho de Ronaldinho na Seleção Brasileiro e no Barcelona.

"Dizer que o Ronaldinho joga diferente na Seleção e no Barcelona por causa do posicionamento é um absurdo. Ele tem liberdade total na Seleção Brasileira, a diferença é que no clube o palco é só dele, e na Seleção ele tem que dividir com outras estrelas".

Ainda sobre o craque do time catalão, o treinador disse que não teme um cansaço excessivo pelo fato de ele estar em campo no dia 17 de maio para a decisão da Copa dos Campeões, contra o Arsenal, apenas cinco dias antes da apresentação para o Mundial.

"Um jogo a mais ou a menos nesta época da temporada não vai mudar o cenário que tínhamos até o mês passado. Essas três semanas (antes da Copa) serão determinadas à recuperação dos jogadores."

Confiança em Adriano

O treinador minimizou o mau momento do atacante Adriano na Inter de Milão, afirmando que o desempenho do atacante não o preocupa.

"O Adriano tem carinho e alegria, quando joga pela Seleção Brasileira. Confiamos no Adriano que fez o que fez na Copa América e na Copa das Confederações".

O coordenador-técnico Zagallo reforçou o coro em defesa do atacante. "Se o Adriano está no banco lá entre os argentinos é problema deles. Quando chegar aqui estará em nossa família. Ele já mostrou o que é, e tomara que o Imperador arrebente na Copa", disse ele.

Perguntado sobre o motivo de Juninho não ser titular da Seleção, Parreira disse que o meia do Lyon não tem as características de Zé Roberto.

"Temos muita responsabilidade e temos de tomar decisões. É muito diferente para o público que só tem de opinar e não tem que tomar decisões. Tudo é possível no futebol, mas o Juninho nunca foi volante, ele é meia. Esta é a minha opinião e como sou eu quem escalo a Seleção vai prevalecer", disse.

Preparação física

Parreira lamentou o tempo que terá para preparar a equipe para o Mundial.

"O preparo físico é fundamental. Lamento não poder trabalhar como em 94, quando tivemos quatro semanas com o time. O jogador só desenvolve bem a qualidade técnica, quando está bem fisicamente", disse.

Apesar do pouco tempo que terá para preparar a equipe, Parreira mostrou-se focado na conquista de seu segundo título mundial como treinador, o terceiro na carreira (foi preparador físico em 1970) e o sexto do Brasil.

"Ficamos felizes com a energia positiva causada pela torcida verde-e-amarela em todos os lugares. O favoritismo vem de fora para dentro, mas os jogadores, com humildade, determinação e, principalmente, coletividade, vão esquecer o "eu" e tentar trazer o hexa como equipe", disse.

Arbitragem

Os seguidos escândalos de arbitragem em 2005, na Alemanha e no Brasil, não deixaram a comissão técnica da Seleção Brasileira preocupada com os árbitros da Copa do Mundo.

Para Parreira, a tecnologia ajuda a arbitragem atualmente e não há motivo de preocupação.

"Hoje são 25 câmeras vigiando o jogo. Se falharem será por erro e não propositalmente".

Para Zagallo, o assunto arbitragem não deve preocupar a Seleção porque não é responsabilidade da comissão técnica. "Não tememos, nem pensamos na arbitragem. Isso é problema da Fifa".

Maracanã

Parreira, também entrou na polêmica sobre o Maracanã correr o risco de não ser indicado como um dos estádios para a Copa de 2014, na candidatura oficial que será enviada pela CBF à Fifa.

"O Maracanã é um estádio histórico de muita tradição, mas que tem que se ajustar às exigências da Fifa. Então tem muito que mudar para poder ser palco de uma Copa".




Fonte: 24HorasNews

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