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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 02 de Maio de 2006 às 10:23

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ministros Silas Rondeau (Minas e Energia), Samuel Pinheiro Guimarães (ministro em exercício das Relações Exteriores) e Dilma Rousseff (Casa Civil) e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli para avaliar hoje as conseqüências do decreto boliviano que nacionalizou as reservas de petróleo e gás natural naquele país. A reunião começa às 11h30.

Dilma antecipou sua volta de Nova York para discutir o assunto a situação delicada com a Bolívia assim como Gabrielli, que também voltou mais cedo de Houston (Texas). O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, participa de reuniões da OMC (Organização Mundial do Comércio) em Genebra e volta a Brasília somente nesta quarta-feira.

A medida boliviana afeta diretamente os interesses do Brasil, que explora petróleo e gás na Bolívia por meio da Petrobras e importa daquele país mais da metade do gás natural consumido internamente. O Brasil vinha mantendo diplomacia diante das ameaças do novo governo boliviano, liderado pelo presidente Evo Morales, de nacionalizar as reservas de petróleo e gás, evitando um embate sobre a exploração de petróleo.

Rondeau, que reagiu ontem à medida, classificada por ele como um "rompimento", reuniu-se rapidamente hoje com técnicos do ministério para traçar um cenário da situação e seguiu para o Planalto a fim de informar o presidente sobre os reflexos da medida adotada pela Bolívia.

A nacionalização das reservas de petróleo e gás natural na Bolívia, já adotada pelo país em duas ocasiões no passado, foi anunciada ontem pelo próprio presidente Morales.

O decreto determina que o Estado detenha o controle e a direção da produção, transporte, refino, distribuição, comercialização e industrialização dos hidrocarbonetos em todo o país, o que vai afetar cerca de 20 empresas multinacionais, entre elas a estatal brasileira Petrobras, a Repsol YPF (Espanha e Argentina), British Gas e British Petroleum (Reino Unido) e a Total (França).

Com a decisão de Morales, as companhias estrangeiras estariam obrigadas a repartirem os lucros com derivados de petróleo com o Estado boliviano.





Fonte: 24Horas News

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