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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 10:34

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O superintendente do Banco do Brasil (BB) em Mato Grosso, Renato Barbosa, anunciou que vai adotar novas regras para a liberação de custeio da safra 06/07. O produtor que pretende buscar recursos para a preparação da nova safra deverá provar ao BB que participa do Mercado de Opções, ou seja, que comercializa sua produção de maneira antecipada, com preços travados tanto em dólar quanto para a saca.

“O BB não pode mais trabalhar com o risco. Aprendemos a lição da forma mais dura que há e vamos fomentar este comportamento dentro do setor produtivo estadual”, argumenta. No ano passado, menos de 10% dos clientes do BB aderiram ao Mercado de Opções.

Barbosa explica, no entanto, que o produtor poderá negociar com o parceiro que preferir na hora de fazer um hedge cambial por exemplo. Mas destaca: “Pelo banco, a taxa será zero”, anuncia. A operação de hedge visa prevenir perdas devido à variação de preços. Faz-se por meio de uma compra ou venda presente para entrega futura. Tem garantias, cobertura e salvaguarda. “Em conversas com produtores pelo Estado afora, estamos anunciando esses novos mecanismos de proteção e eles têm sido bem recebidos, apesar de serem pouco utilizados na prática, principalmente na sojicultura. A maior adesão a estes mecanismos aqui no Estado vem da cotonicultura”, explica.

Mesmo sabendo que a nova regra restringirá o acesso ao crédito disponibilizado pelo BB, o superintendente acredita que esta medida, no fim das contas, será benéfica para as duas pontas. “O custeio só será liberado para quem comprovar o travamento do preço. Queremos esta proteção para os dois lados”, insiste.

Para o superintendente, a redução na área plantada da próxima safra será algo natural em função do atual quadro de perda de renda e endividamento, principalmente na sojicultura. “Vamos fazer uma safra menor. Mas acredito que com o dólar a R$ 2,10 esta moeda chega ao fundo do poço. Então, daqui para frente a tendência será de melhora. Por isso mesmo creio ainda que o custo de produção será balizado nesta nova cotação, com uma diferença: cai a receita do produtor, mas o custo de produção seguirá o mesmo caminho”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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