Superintendente avisa que banco não vai mais trabalhar no risco em MT
“O BB não pode mais trabalhar com o risco. Aprendemos a lição da forma mais dura que há e vamos fomentar este comportamento dentro do setor produtivo estadual”, argumenta. No ano passado, menos de 10% dos clientes do BB aderiram ao Mercado de Opções.
Barbosa explica, no entanto, que o produtor poderá negociar com o parceiro que preferir na hora de fazer um hedge cambial por exemplo. Mas destaca: “Pelo banco, a taxa será zero”, anuncia. A operação de hedge visa prevenir perdas devido à variação de preços. Faz-se por meio de uma compra ou venda presente para entrega futura. Tem garantias, cobertura e salvaguarda. “Em conversas com produtores pelo Estado afora, estamos anunciando esses novos mecanismos de proteção e eles têm sido bem recebidos, apesar de serem pouco utilizados na prática, principalmente na sojicultura. A maior adesão a estes mecanismos aqui no Estado vem da cotonicultura”, explica.
Mesmo sabendo que a nova regra restringirá o acesso ao crédito disponibilizado pelo BB, o superintendente acredita que esta medida, no fim das contas, será benéfica para as duas pontas. “O custeio só será liberado para quem comprovar o travamento do preço. Queremos esta proteção para os dois lados”, insiste.
Para o superintendente, a redução na área plantada da próxima safra será algo natural em função do atual quadro de perda de renda e endividamento, principalmente na sojicultura. “Vamos fazer uma safra menor. Mas acredito que com o dólar a R$ 2,10 esta moeda chega ao fundo do poço. Então, daqui para frente a tendência será de melhora. Por isso mesmo creio ainda que o custo de produção será balizado nesta nova cotação, com uma diferença: cai a receita do produtor, mas o custo de produção seguirá o mesmo caminho”.
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