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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 26 de Abril de 2006 às 08:04

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O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindipetróleo) vê como “passageira” a promoção lançada pela Ipiranga, mas faz um alerta: se a campanha perdurar por muito tempo, poderá ocorrer desemprego nos postos revendedores.

A crise, na avaliação do sindicato, poderia levar as empresas a enxugar seu quadro de funcionários, além de alterar os horários de funcionamento nos postos, como uma sensível queda no nível do atendimento ao consumidor.

A assessoria de imprensa do Sindipetróleo informou que a Ipiranga faz promoções sazonais em determinadas regiões. “Como há uma guerra acirrada e o setor é de alto risco, outras distribuidoras também podem acompanhar [a Ipiranga] para não perder mercado. Certamente será um tiro no pé caso não haja equilíbrio comercial”, avisa.

O problema, segundo o sindicato, é que os preços adotados pela Ipiranga, nesta campanha, não oferecem qualquer sustentabilidade financeira aos postos.

“Vale lembrar que, em 2001, pelo menos 40% dos postos de Cuiabá fecharam suas portas porque não suportaram a margem de lucro (bruta), que era muito pequena para o setor -- não passava de 15%. Atualmente, esta margem situa-se entre 20% e 23% e, se outras distribuidoras tentarem acompanhar a Ipiranga, o setor poderá entrar novamente em crise”, adverte a assessoria do sindicato.

O presidente do Sindipetróleo, Fernando Chaparro, entende que o preço de R$ 2,98 para o litro da gasolina seria o limite para qualquer posto trabalhar com uma margem razoável de lucro. “O ideal mesmo seriam os R$ 3,05 que estavam estabelecidos pela maioria dos postos, e que não oferecem problemas para que as empresas cumpram suas obrigações trabalhistas, fiscais e tributárias”, frisa.

Chaparro lembra que o setor de revenda de combustíveis agrega em Cuiabá cerca de cinco mil trabalhadores, “por isso é importante que a margem de lucro seja mantida”.

Com a redução dos preços dos combustíveis, poderá haver uma queda em toda a cadeia. “O risco é a sustentabilidade do posto, pois mesmo vendendo mais, a empresa não consegue cobrir o seu custo operacional e ter uma margem de lucro”, afirma Chaparro.(MM)





Fonte: Diário de Cuiabá

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