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Economia
Terça - 25 de Abril de 2006 às 16:05
Por: Edilson Almeida

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A Distribuidora Ipiranga decidiu criar uma promoção específica para a rede de postos de revenda de gasolina em Cuiabá. De uma só vez, desceu os preços do litro do combustível de R$ 3,05 para R$ 2,56. Fato raro, mas que agradou o consumidor local – como não poderia deixar de ser. O resultado da medida foi em cadeia. Quase todos os demais postos de combustíveis – independente da distribuidora – decidiram por questões de concorrência reduzir os preços para os mesmos patamares. “A quebra brusca para R$ 2,56 é satisfatória para o consumidor” – disse Alberto Romeu Pereira, do Sindicato dos Distribuidores de Derivados de Petróleo (SindPetróleo).

A redução dos preços na gasolina ao consumidor pela Ipiranga ocorreu em função de uma promoção específica para a gasolina chamada “original” para Cuiabá. Segundo a companhia, esse combustível é diferente da gasolina comum, por ter uma formulação específica somente vendida pela Ipiranga. “A queda de preços da gasolina em postos de diversas bandeiras trata-se de uma conduta normal do mercado que é o chamado paralelismo” – frisou Pereira.

Ele explicou que o empresário do ramo de combustíveis não comercializa seu produto se estiver com preço acima do concorrente. Por isso acaba acompanhando o preço de mercado, o que se verifica inclusive no setor de gêneros alimentícios.

Os preços que vinham sendo praticados de até R$ 3,05 na gasolina eram os que representavam rentabilidade bruta aos empresários para cumprir com toda a cadeia de custos, entre aquisição dos produtos, impostos e taxas federais, estaduais e municipais (inclusive meio ambiente, Inmetro, Corpo de Bombeiros, etc), encargos empregatícios. Atualmente, o setor emprega cerca de 5 mil trabalhadores na Grande Cuiabá, tem um índice praticamente zero de ações trabalhistas, assim como mantém em dia o pagamento de suas obrigações de encargos.

Apesar da medida alegrar os proprietários de veículos em Cuiabá, essa queda brusca, segundo Alberto Romeu, coloca em risco a sobrevivência dos postos. Ele previu que se a promoção perdurar, vai acarretar em demissões e até o fechamento de postos. Romeu lembrou que situação semelhante aconteceu em 2001, quando quase 40% dos postos da Grande Cuiabá deixaram de operar, devido a baixa margem de lucro.





Fonte: 24Horas News

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