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Politica Brasil
Terça - 25 de Abril de 2006 às 10:06

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promotor de Justiça Roberto Wider, do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Santo André (SP), estará em Cuiabá entre os dias 21 e 26 de maio para ouvir o bicheiro João Arcanjo Ribeiro no inquérito que investiga o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT), assassinado em fevereiro de 2002.

Na última quinta-feira, Wider enviou um ofício ao seu colega Mauro Zaque, promotor do Gaeco de Mato Grosso. “Solicitei que ele agendasse uma data para tomar o depoimento de Arcanjo”, disse o promotor ontem à tarde, por telefone.

Ao contrário do que concluiu a Polícia Civil paulista, para quem a morte de Celso Daniel foi um crime comum, o Ministério Público de São Paulo tem convicção de que o prefeito foi assassinado por conta de um esquema de cobrança de propina de empresários do ramo de transportes.

No dia em que desapareceu, o prefeito estava na companhia de Sérgio Gomes da Silva, que chegou a ser preso acusado de participar do assassinato. Ele é considerado peça-chave nas investigações.

Em entrevista ontem, o promotor Roberto Wider afirmou que ainda não decidiu se pretende vir a Cuiabá sozinho ou acompanhado de outros promotores.

Arcanjo deverá falar sobre um bilhete escrito por uma ex-funcionária sua, em que ela diz que, na época em que trabalhava com o bicheiro, teria ouvido que Sérgio Gomes estava planejando o assassinato de uma pessoa importante. Essa pessoa seria Celso Daniel.

O Ministério Público também quer ouvir Arcanjo em razão das suspeitas de que o bicheiro tenha ligação com a offshore uruguaia Roanoake Holding Sociedade Anônima, que chegou a ter participação em empresas de ônibus em Cuiabá.

Celso Daniel foi seqüestrado na noite de 18 de janeiro, na Vila Mercês, zona sul de São Paulo e levado para um cativeiro na favela Pantanal. Mais tarde, foi transferido para um sítio em Juquitiba, na Grande São Paulo. No momento do seqüestro, Sérgio Gomes estava no mesmo carro que o prefeito.

O advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, não comentou o assunto ontem à tarde porque, segundo ele, ainda não foi marcada a data para o depoimento.





Fonte: Diário de Cuiabá

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