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Economia
Sexta - 21 de Abril de 2006 às 16:10
Por: Andre Xavier

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Para o engenheiro agrônomo argentino, Sebastian Gavalda, os produtores rurais brasileiros, em especial os mato-grossenses, devem continuar buscando a modernização dos processos de produção por meio da incorporação de novas tecnologias em seus empreendimentos. E, paralelamente, lutar para que possam ter a infra-estrutura necessária que garanta a diminuição de seus custos de produção. Ele observa que, em Mato Grosso, fatores como a distância entre as lavouras e os portos, a falta de ferrovias e de rodovias em boas condições refletem diretamente nos custos de produção.

Este foi o teor da palestra que ele ministrou na tarde desta quinta-feira (20.04), na Agrishow Cerrado 2006, que se realiza em Rondonópolis (212 Km ao Sul de Cuiabá). De acordo com ele, a crise do agronegócio argentino ocorrida há cinco anos era uma crise estrutural, de todo o país e não uma crise conjuntural e pontual como esta que os agricultores mato-grossenses estão enfrentando. Em sua análise, os produtores argentinos têm vantagens que os mato-grossenses não têm.

Uma delas é o fato de que as lavouras de soja, por exemplo, estão há 300 Km dos portos. Outra vantagem é que as vias para escoamento da produção estão em melhores condições do que as de Mato Grosso e outra é a questão cambial. “A relação do dólar com o peso argentino é de três por um. Enquanto o agricultor argentino vende seu produto por um preço que paga o seu custeio e cultor argentino vende o seu produto por gasta lhe dá algum ganho real, os brasileiros estão plantando ao custo de um valor que não vai ser restituído para investimentos. Ele mal consegue pagar o custeio em função de se endividar com um velar acima do que ele irá receber pelo seu produto”, afirmou.

Sebastian Gavalda observa que por estes fatores, a soja Argentina fica mais competitiva no mercado mundial, já que seus custos são menores. Sobre o que dizer aos produtores brasileiros, Sebastian lembra que devem continuar investindo em tecnologia e ao mesmo tempo lutar para que os governos realizem as obras de infra-estrutura necessárias ao negócio e para que a política cambial mude.





Fonte: Da Assessoria

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