Venda de vacinas contra raiva de herbívoros bate recorde em 2006

A indústria de vacinas contra raiva de herbívoros atingiu vendagem de 26 milhões de doses no primeiro trimestre de 2006. Este número representa 30% dos 86 milhões de doses programadas para este ano, segundo estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A informação é da Central de Selagem de Vacinas (CSV), de Vinhedo, órgão criado em parceria entre o MAPA e o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). O Estado que mais adquiriu vacinas foi Minas Gerais, com 7,8 milhões/doses, seguido por Goiás (3,7 milhões/doses), Mato Grosso do Sul (3,2 milhões/doses), Bahia (2,3 milhões/doses) e Mato Grosso (1,4 milhão/doses).

Os criadores devem vacinar o gado contra a raiva animal todos os anos. O custo da dose é de cerca de R$ 0,60. Os animais começam a ser vacinados a partir dos quatro meses e, após 30 dias da primeira dose, é preciso reaplicá-la.

Em Itu, o médico veterinário Francisco Ranale Nardy, responsável pela Defesa Sanitária Animal, afirma que a campanha de vacinação será nos meses de maio e novembro, junto com a da febre aftosa.

O maior rebanho do município é o de bovinos, com 34 mil cabeças; caprinos, ovinos e eqüinos somam 1.486. Segundo o veterinário, que também responde pelas cidades de Salto e Cabreúva, não há casos da doença na região.

A raiva é causada por um vírus que atinge o sistema nervoso dos animais. Um dos sintomas é que o animal não consegue se levantar. De acordo com o presidente do Sindan, Emílio Salani, a raiva dos herbívoros é uma zoonose de difícil controle.

As próprias condições ambientais do País favorecem o aumento da população do principal vetor da doença, os morcegos hematófagos.

A comercialização de vacinas contra a raiva dos herbívoros cresce a cada ano no Brasil. Em 2005, foram vendidas 113,5 milhões de doses no País, 5% a mais do que o ano anterior.