Produtores de MT querem a soja no Programa de Preço Mínimo
Com a inclusão, os sojicultores passariam a ter direito a instrumentos de comercialização como as Aquisições do Governo Federal (AGF) e os leilões de Prêmios de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmios de Risco de Opção Privada (Prop). Como a soja está fora do PGPM, o único instrumento oficial de apoio à comercialização são os Empréstimos do Governo Federal.
"Os recursos de estocagem, via EGF, fazem sentido se há perspectiva de preços melhores no médio prazo, o que não é o caso da soja. Precisamos de instrumentos para dar vazão à comercialização já, caso dos leilões de PEP", diz Ricardo Tomczyk, diretor da Associação dos Produtores de Soja do Estado do Mato Grosso. Para Tomczyk, os leilões de PEP seriam uma solução porque eles subsidiam o frete das regiões produtoras até as consumidoras.
A soja é um produto eminentemente destinado à exportação. Para 2006/07, a safra é estimada em 57,4 milhões de toneladas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. Desse total, 43 por cento embarcados para o exterior.
Para Tomczyk, o ideal seria que os produtores de soja do Mato Grosso - tanto os de grande como os de pequeno porte - tivessem direito a R$ 3 bilhões em recursos para leilões de PEP, Prop e AGF. A proposta de inclusão da soja no PGPM é do Fórum Rural Mato Grosso, organização que reúne representantes das associações de produtores de diversas culturas do Estado. O Fórum teve sua primeira reunião na quarta-feira em Cuiabá.
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