Pendência com petebista fica na questão da 1ª suplência

Uma das pendências que o PPS terá que resolver com o PTB é a indicação do ex-vice-governador Osvaldo Sobrinho como 1º suplente de senador da chapa a ser apoiada por Maggi. A tendência era de essa candidatura estar na chapa do deputado Pedro Henry (PP), que desistiu da disputa após ser denunciado pelo Ministério Público Federal por ter supostamente participado do escândalo do mensalão.

“Com a desistência de Pedro Henry, a tendência natural é de que o ex-governador Jaime Campos seja o candidato a senador da República. Só que Jaime Campos é do PFL e, por causa da verticalização, a possibilidade maior é de que isso aconteça numa coligação branca, o que representa dizer que o PTB não pode indicar o suplente na chapa do PFL por estar coligado com o PPS”, tentou explicar o deputado e presidente do PTB, Ricarte de Freitas.

O PP de Pedro Henry e o PTB de Ricarte de Freitas, por não terem candidatos à Presidência nem à vice-presidência da República, estão liberados nos estados, o mesmo não acontecendo com o PPS do governador Blairo Maggi, que até o momento apresenta a candidatura do deputado federal e presidente nacional da sigla para sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Para este quadro de entendimentos ser amarrado, seria necessário que o PPS abdicasse da candidatura à Presidência da República, o que liberaria a candidatura do governador Blairo Maggi para qualquer tipo de coligação partidária, já que é certo que o PFL caminha em nível nacional com o PSDB e a candidatura de Geraldo Alckmin.

Em que pese essas dificuldades, Ricarte de Freitas explicou que não vê qualquer tipo de atropelo ao eventual entendimento entre o PPS e o PTB. “Segunda-feira nosso destino está selado, ou com o PPS ou com a oposição, se não for possível o entendimento que estamos tentando construir até o momento”, explicou.