Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 03 de Abril de 2006 às 10:24

    Imprimir


O Brasil continuará dependendo do gás boliviano a despeito de todos os esforços para aumentar a produção local, disse ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. O executivo voltou a comentar a crise envolvendo a empresa e o governo boliviano, que implementa processo de nacionalização das reservas de gás do país e também pleiteia alta do preço do gás vendido ao Brasil.

A Petrobras já injetou, desde 1996, US$ 1,5 bilhão na Bolívia, além de US$ 2 bilhões para transportar o gás boliviano no território brasileiro.

Ontem, Gabrielli usou praticamente a mesma expressão utilizada pelo ministro boliviano Andrés Solíz (Hidrocarbonetos) e disse que "tanto nós precisamos da Bolívia quanto a Bolívia precisa do Brasil".

Na semana passada, Solíz argumentou que o país poderia vender seu gás a outros mercados que não o brasileiro, ao ressaltar que 80% do produto consumido em São Paulo era boliviano.

Ontem, Gabrielli, ao mencionar a mesma interdependência, lembrou que dois terços das exportações bolivianas de gás dependem do Brasil, assim como 33% da receita tributária do país era originada pelas atividades da Petrobras.

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que, como Gabrielli, está em Belo Horizonte para a reunião anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), admite que há uma proposta brasileira para a solução do imbróglio, mas não a comenta.

O assessor presidencial Marco Aurélio Garcia também confirmou negociação com os bolivianos e que iria "evocar a questão petroleira" durante a visita de Evo Morales, presidente da Bolívia, ao Brasil.

Gabrielli e autoridades dos dois países devem reunir-se durante a reunião do BID. Morales chegaria ontem à noite ao país.





Fonte: 24HorasNews

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/308449/visualizar/