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Politica Brasil
Quarta - 29 de Março de 2006 às 08:17
Por: Marcia Raquel

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“Não há nenhuma possibilidade de o PDT estar no mesmo palanque do PP”. A declaração é do presidente do Diretório Regional do PDT, Mário Márcio Torres, ao falar sobre a possível coligação para as eleições de 2006 em Mato Grosso. Segundo o dirigente, o PDT tem seu candidato ao Senado, Eraí Maggi, e está trabalhando para formalizar a coligação com o PPS do governador Blairo Maggi. Porém o PP não é considerado bem-vindo.

“O PP é um partido que tem a marca da corrupção”, disparou Mário Márcio, referindo-se ao esquema do “mensalão”, no qual foram envolvidos três deputados federais do PP. “Nós temos uma ética pública, nada desse mar de lama vai nos respingar”, acrescentou ao observar que fez inclusive uma consulta ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), questionando a possibilidade de uma coligação lançar vários candidatos ao Senado.

Mário Márcio afirmou que o PDT e o PPS têm o mesmo discurso em nível nacional e ambos estão dispostos a lançar uma candidatura própria. O PDT defende o nome do senador Cristóvão Buarque e o PPS o do deputado federal Roberto Freire. “A gente torce para que os nossos diretórios nacionais cheguem a um denominador comum”, ponderou.

Segundo o dirigente, o partido no Estado está trabalhando para uma coligação com o PPS, já que defende a reeleição do governador Blairo Maggi. Porém é preciso aguardar as definições nacionais em função da verticalização, regra eleitoral que obriga os partidos a seguirem as coligações em nível nacional.

O PDT de Mato Grosso conseguiu filiar vários aliados do governador Blairo Maggi, a exemplo do ex-secretário Otaviano Pivetta e do deputado estadual Carlos Brito, e vem trabalhando a candidatura do empresário Eraí Maggi ao Senado. Candidatura essa que, segundo os líderes pedetistas, é irreversível.

Porém, em função da disputa pela vaga ao Senado na chapa do governador Blairo Maggi, que tem, além de Eraí Maggi, o deputado federal Pedro Henry (PP) e o ex-governador Jaime Campos (PFL), o PPS passou a defender a proposta de lançar vários candidatos pela mesma coligação.

Além do PPS, o PDT em nível nacional também está conversando com o PV e com o PHS. Porém a direção nacional do PV já vetou uma possível aliança com o governador Blairo Maggi em Mato Grosso, o que dificultaria a composição do mesmo arco que está sendo trabalhado em nível nacional.

No final do mês de março será realizado um encontro nacional do PDT em Maceió para discutir o arco de alianças. Para o mês de abril estão previstos mais dois encontros, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.





Fonte: Diário de Cuiabá

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