Governos e sociedade discutem ações para erradicação do trabalho escravo

Os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, participam neste momento de uma reunião com o governador Blairo Maggi, no Palácio Paiaguás, para discutir ações para erradicação do trabalho escravo. Também participam da reunião representantes de outras entidades governamentais e não governamentais que integram a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae).

Para o procurador do Trabalho, Luís Antonio Camargo de Melo, responsável pela Coordenadoria Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, é muito importante a participação do Governo de Mato Grosso nas ações. “Queremos o Estado de Mato Grosso como um grande parceiro”, disse. “Erradicar o trabalho escravo no Brasil não é tarefa para uma instituição. É uma tarefa para o conjunto de instituições que representam os órgãos governamentais e as entidades da sociedade civil”, afirmou. Na avaliação do procurador, esta articulação entre as diversas entidades é a iniciativa fundamental para que isto aconteça.

O coordenador nacional da campanha pela erradicação do trabalho escravo no país, Frei Xavier, da Comissão da Pastoral da Terra, lembrou que o Estado está entre os que mais são registrados este tipo de ação. “Portanto, se faz absolutamente necessário uma articulação para erradicar o trabalho escravo e não poderia realizar isso sem o Governo do Estado, que tem vários instrumentos à sua disposição”, disse. “Entres estes instrumentos estão a fiscalização dos transportes irregulares, a fiscalização das hospedagens irregulares, que são as pensões onde os 'gatos' vão recrutar os trabalhadores”, citou. Outros ações citadas por Frei Xavier estão o reordenamento fundiário e intensificar a fiscalização ambiental.

Daqui a pouco, às 9h30, o governador Blairo Maggi e os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, participam da abertura da reunião da Conatre, no auditório da OAB de Mato Grosso.