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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 21 de Março de 2006 às 20:25

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O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, entrou num perigoso confronto com a cúpula da Confederação da Indústria Italiana (Confindustria), a menos de três semanas das eleições.

A polêmica, que cresce a cada dia, começou no sábado, quando Berlusconi discursava numa reunião da Confindustria e atacou os empresários e jornais que apóiam a esquerda.

Os ataques de Berlusconi continuaram ontem à noite, numa entrevista à emissora de TV particular Odeon, na qual denunciou "um acordo entre as grandes empresas, que esperam receber favores da esquerda e dos sindicatos".

"Há uma trama entre estes grandes grupos, os grandes bancos que depois controlam também os jornais", afirmou.

O dono da fábrica de calçados Tod''s, Diego della Vale, um dos mais críticos em relação ao Governo e um dos alvos de Berlusconi, apresentou ontem à noite sua renúncia ao posto na direção da Confindustria para "evitar instrumentalizações".

Em seu discurso no sábado, o primeiro-ministro tinha se dirigido a Della Vale para afirmar que, se um empresário "ficou louco e apóia à esquerda", é porque "tem muitos esqueletos no armário".

No entanto, Berlusconi reafirmou hoje que não tem "absolutamente nada" contra o empresário e que "nunca" disse "uma palavra hostil" sobre ele, pois quando falou de "esqueletos no armário" não se referia a Della Vale.

O empresário afirmou em entrevista ao jornal "La Repubblica" que não tem "nada a esconder" e que espera explicações de Berlusconi.

Ele opinou que o primeiro-ministro "está perto de perder os nervos" e "precisa de muito repouso".

A Confindustria também reagiu às acusações do primeiro-ministro.

Um comunicado oficial denunciou a "tentativa de deslegitimação" por parte de Berlusconi, ao mesmo tempo que reforçava o caráter "livre e independente" da associação.

A visão de Berlusconi é de que "a Itália não vai mal, em absoluto", o que lhe rendeu críticas até por parte de alguns membros de seu Governo, por excesso de otimismo. O vice-presidente da Confindustria, Andrea Pininfarina, aconselhou-o a voltar à universidade para estudar economia.





Fonte: EFE

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