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Tecnologia
Terça - 14 de Março de 2006 às 06:36

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Um jornal norte-americano descobriu a identidade de uma agente da CIA. Ela tem 52 anos, é casada, cresceu em Kansas City e agora vive na Virginia, numa nova casa com três quartos. Qualquer um capaz de consultar um dos serviços online que compila informações públicas poderá também saber que ela é funcionária da CIA e, na última década, serviu em diversas embaixadas na Europa. A CIA pediu ao jornal Chicago Tribune que não publicasse seu nome porque ela é uma agente que ainda está na ativa e trabalha disfarçada. O jornal concordou. Mas graças à Internet, essa mulher e centenas de outros homens e mulheres como ela se tornaram um assunto público.

Quando o Tribune procurava um dado comercial num serviço online, o resultado trouxe um diretório virtual com mais de 2,6 mil nomes de empregados da CIA, 50 telefones de agentes internos e a localização de cerca de duas dúzias de instalações secretas da agência em todo o país.

A CIA admitiu, recentemente, que na era da Internet seu tradicional sistema de prover disfarce (cobertura) para agentes que trabalham no estrangeiro está cheio de "buracos", uma descoberta que, dizem "aterrorizou" o diretor da agência, Porter Goss.

"Cobertura é uma questão complexa que se tornou ainda mais complexa na era da Internet", disse a porta-voz da chefia da agência, Jennifer Dyck. "Coisas que funcionavam antes não funcionam mais. O diretor Goss está empenhado em modernizar a maneira como a agência cria disfarces para efetivamente proteger nossos agentes envolvidos em trabalhos perigosos", completou. Mas não deu maiores detalhes, "já que não desejamos que os bandidos saibam como estamos resolvendo o problema".

O jornal não está divulgando a identidade de nenhum dos agentes da CIA descobertos em suas pesquisas, as técnicas utilizadas na busca ou qualquer outro detalhe que possa por em risco as operações ou os funcionários da agência. A CIA, aparentemente, não tinha idéia da extensão do risco a que seus agentes estão expostos até receber uma lista parcial com os nomes encontrados pelo Tribune.

Nem todos os 2,65 mil funcionários cujos nomes apareceram na busca do Tribune são agentes de campo, trabalhando sob cobertura. Mais de 160 são analistas de inteligência, uma ocupação que não é considerada "cobertura", e até mesmo executivos antigos como o ex-chefe Tenet estão incluídos na lista.

Mas um número considerável de nomes da lista - a CIA não diz quantos - são agentes sob cobertura, e alguns são conhecidos por trabalhos que poderiam torná-los alvos de terroristas. As instalações exibidas na lista - grande parte delas no noroeste da Virginia, a algumas milhas da sede da agência, além de outras na Flórida, Ohio, Pensilvânia, Uta e Washington - também são alvos terroristas em potencial.





Fonte: Terra

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