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Quinta - 09 de Março de 2006 às 19:20

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Uma moça, que foi fotografada enquanto seu cachorro fazia cocô dentro de um metrô e não limpou a sugeira, tornou-se uma das pessoas mais odiadas na Internet da Coréia do Sul. Alguém levou a sério a atitude dela e espalhou as fotos de celular do incidente. As imagens foram parar na Internet com uma breve descrição do ocorrido e pouco tempo depois "dog poop girl" tornou-se a frase mais procurada em ferramentas de busca online entre internautas da Coréia do Sul.

O país está debatendo o que precisa ser feito para proteger a privacidade e a liberdade de expressão na Internet e punir quem cometer difamação no ciberespaço. Os sul-coreanos chocados ficaram chocados com o incidente no metrô e também com a caçada à dona do cachorro incentivada pela Web.

A Coréia do Sul é o país mais conectado do mundo e as caçadas de pessoas pela Internet tornaram-se tão ferozes que os alvos de perseguição têm cometido suicídio, deixado o país de vergonha ou assumido novas identidades.

As campanhas de perseguição pela Web representam um dos temas mais preocupantes da sociedade coreana, o sentimento de vergonha. A natureza organizada da sociedade também implica que os alvos de perseguição sejam atingidos rapidamente.

Com a maioria dos lares do país conectados à Internet por banda larga, as campanhas podem gerar efeitos colaterais, bem como destruir a reputação de inocentes que não têm tempo para responder efetivamente aos ataques.

No caso da dona do cachorro, ocorrido no ano passado, o site de uma universidade saiu do ar pela quantidade de emails enviados que exigem que a escola tome medidas contra a garota que revoltou tantas pessoas. O único problema foi que a jovem não estuda naquela universidade.

Enquanto sul-coreanos que participaram da caçada da identidade da garota pela Web promoviam suas ações, pessoas inocentes foram erradamente acusadas e suas reputações arruinadas. "A Internet está transformando toda a sociedade em uma praça de apedrejamento", publicou o jornal Korea Herald em editorial.





Fonte: Reuters

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